Deus Elege e Reprova

Eleição e Reprovação por
Bíblia de Estudo de Genebra

Romanos 9:18: “Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz”.

“Eleger” significa selecionar ou escolher. De acordo com a Bíblia, antes da criação, Deus selecionou – dentre os da raça humana – aqueles que seriam redimidos, justificados, santificados e glorificados em Jesus Cristo (Rm 8.28-29; Ef 1.3-14; 2Ts 2.13-14; 2Tm 1.9-10). A escolha divina é uma expressão da graça livre e soberana de Deus. Não é merecida por coisa alguma por parte daqueles que são escolhidos. Deus não deve aos pecadores nenhuma espécie de misericórdia, pois eles só merecem condenação. Por isso, é maravilhoso que ele escolhesse salvar qualquer um entre nós.
Como toda a verdade a respeito de Deus, a doutrina da eleição envolve mistério e, às vezes, levanta controvérsia. Porém, nas Escrituras, é uma doutrina pastoral, que ajuda os cristãos a verem quão grande é a graça que os salva e os move a responder com humildade, confiança e louvor. Não sabemos quais os outros que Deus escolheu entre os que ainda não são crentes, nem por que ele nos escolheu, especificamente. Sabemos apenas que, se somos crentes agora, é porque fomos escolhidos. Também sabemos que, como crentes, podemos confiar em que Deus acabará a boa obra que começou (1Co 1.8-9; Fp 1.6; 1Ts 5.23-24; 2Tm 1.2; 4.18). Por essas razões, o conhecimento da eleição é uma fonte de gratidão e confiança.
Pedro nos diz que devemos procurar “com diligência ... confirmar (nossa) vocação e eleição” (2Pe 1.10), isto é, devemos tomá-la certa para nós. A eleição é conhecida por seus frutos. Paulo sabia que os tessalonicenses tinham sido escolhidos, porque viu sua fé, sua esperança e seu amor, a transformação da vida deles, realizada pelo evangelho (1Ts 1.3-6).
Reprovação é o nome dado à eterna decisão de Deus com relação àqueles pecadores que não foram escolhidos para a vida. Não os escolhendo para a vida, Deus determinou que eles não fossem transformados. Eles continuarão em pecado e, finalmente, serão julgados por aquilo que tiverem feito. Em alguns casos, Deus pode ir mais longe e remover as influências restritivas que protegem uma pessoa da desobediência extrema. Esse abandono, chamado de “endurecimento”, é, em si mesmo, uma penalidade do pecado (Rm 9.18; 11.25 conforme Sl 81.12; Rm 1.24,26,28).
A reprovação é ensinada na Bíblia (Rm 9.14-24; 1Pe 2.8), porém como uma doutrina, seu significado sobre o comportamento cristão é indireto. O decreto de Deus sobre a eleição é secreto; quais pessoas são eleitas e quais são reprovadas não será revelado antes do Juízo Final. Até aquele tempo, Deus ordena que o chamado ao arrependimento e a fé sejam pregados a todos.
Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1333.

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