A cessação dos dons espirituais-Parte 03



CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DO REV MOISES BEZERRIL( POR CAUSA DA EXTENSÃO, O 2° POST FOI DIVIDIDO...)

Todo nosso esforço aqui é uma tentativa de mostrar que quando a verdade Bíblica foi terminada, foi escrita, a natureza da profecia e da ciência (conhecimento) mudou. Não é mais a de Corinto. Do contrário teremos, de receber novas revelações, a Bíblia não é exclusivamente a completa e autoritativa Palavra de Deus (Sola Scriptura) e do contrário iremos utilizar outras fontes de revelação que não a Bíblia, para tratar das mesmas verdades. Nós não temos mais profecias e conhecimento revelacionais. O "perfeito" que Paulo fala, é exatamente o que não é mais em parte.


A permanência da "fé" e da "esperança" pode nos indicar o contexto em que Paulo enfatiza, pois os dois elementos são característicos da vida cristã e não da vida glorificada. Certo teólogo faz uma interpretação extremamente forçada ao dizer que "a fé no sentido Paulino, ou seja, mais amplo, jamais cessará". Fiquei pensando qual o texto que o autor se baseia para fazer esta afirmação, pois ele não cita. Alguém me disse que talvez fosse "os dons de Deus são irrevogáveis". Mas, eu pergunto, o dom de apóstolo ainda existe? Claro que não. A meu ver só há um texto que fala nisso. "O justo viverá por fé" ((Rm.1:17). O autor continua dizendo que "...ela é a aceitação grata e confiante de Deus como Ele é. Com a vinda de Jesus, grande parte de nossa fé será concretizada, mas ainda esperaremos ou confiaremos em Deus para a vida. Nossa esperança estará sempre em Deus". Há dois problemas aqui. 1) Esse conceito de fé não é o conceito fé fé Neo-Testamentário. O conceito de fé no N.T. é que fé é a "certeza de coisas que se esperam e uma convicção daquilo que não está presente" (Hb.11:1). Fé na vida cristã é isso. Fé se acaba quando chegarmos na eternidade pois estaremos com aquilo que esperamos e aguardamos (pela fé). 2) O apóstolo Paulo diz que esperança que se vê não é esperança. Como, pois, esperamos uma coisa que já vemos? Então estes dois temas, fé e esperança, são da vida cristã, do dia a dia e não da eternidade. Por isso os pentecostais têm de forçar o texto aqui. Teríamos de procurar onde se encontra, na Bíblia, essa definição de fé e esperança na eternidade. Não há! Seria uma argumentação arbitrária. A verdade é que Paulo, quando se refere a fé, esperança e amor, está se referindo ao que acontece agora. Paulo não está falando de dois tipos de fé, dois tipos de esperança e dois tipos de amor. Paulo não está falando de eternidade.


O uso da voz passiva sobre profecias e conhecimento (ciência), bem como a voz média, que trás a ideia reflexiva, nos dá a clara indicação de que o conhecimento, ciência, e a profecia, serão levados a um telos. Em 1 Co. 13:8 lemos que as profecias desaparecerão. O verbo aqui, katargetesontai, está na voz passiva e indica que algo aniquilará esta profecia. Mas as línguas cessarão. O verbo ali está na voz reflexiva, ou seja, cessarão por si mesmas. Nada as aniquilará. O conhecimento (ou a ciência) passará. O verbo é katargetesetai diz que o conhecimento também será aniquilado, algo o aniquilará. Aqui há uma voz passiva novamente, ou seja, sobre profecia e conhecimento, alguma coisa vem para aniquilá-las; elas passarão. Mas as línguas, não. Simplesmente cessam. Não é somente as vozes dos verbos, mas há também o tipo de verbo. Por exemplo, o verbo katargeu, que significa aniquilar e o verbo pauo que significa cessar.
Dr. Carson faz uma critica severa a quem faz este tipo de interpretação dizendo: "Quando analisamos o emprego do verbo pauo, no N.T., descobrimos que ele normalmente aparece na forma média. Na voz ativa, o seu significado léxico é fazer parar, parar, acalmar. Na voz média é parar a si próprio ou cessar. Na voz média, como aparece aqui, pausontai, significa parar a si próprio". Perguntamos? Quem vai parar as línguas? Poderíamos perguntar a Paulo: "Paulo, o que cessará as línguas?" Resposta de Paulo: "Ela cessará a si mesma". Logo nos vem a mente a questão das línguas como um sinal. O sinal está presente enquanto há necessidade do sinal. Não mais havendo necessidade do sinal, o sinal para. Porém, profecia e conhecimento fica diferente, algo precisa para-los. Por isso Paulo diz que "o amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão (algo as fará desaparecer); havendo línguas, cessarão (cessarão por si mesmas); havendo ciência, passará (algo as fará passar)".

O que ficamos sem entender é, se Paulo está tratando de três coisas que serão aniquiladas da mesma forma e desaparecerão do mesmo jeito, por que ele dá um tratamento especial, no v. 9, à ciência e profecia? Ele é claro ao dizer que "em parte conhecemos, e em parte profetizamos". Perguntamos a Paulo: "E as línguas, por que não estão no v. 9, junto com os outros dons?" "Paulo, por que você não disse: em parte falamos línguas?". A conclusão é que as línguas não eram em parte, as línguas eram um dom que não era em parte. Não havia menos e mais línguas. Porque, linguas não caminhavam para um telos como a profecia e a ciência caminhavam. Isso Paulo vai dizer no versículo 10: "Quando, porém, vier o queé perfeito, então o que é em parte será aniquilado". O que será aniquilado? Resposta: o ek meros, o que é em parte: a profecia e o conhecimento (que eram em parte) (v.9). Paulo não está dizendo que o conhecimento e a profecia seriam aniquilados. A sua forma ek meros (parcial), é que será aniquilada. Por que Paulo não fala mais nada das línguas? Por inferência, nós chegamos à conclusão que nós temos ou não, hoje, o dom de profecia de 1 Corintios? Resposta: Não! Não temos mais este dom revelacional. Por isso, se este dom, hoje, não é revelacional, concluímos que o que era em parte, foi aniquilado. Hoje, o que temos é a revelação completa, a profecia completa. Se dissermos que ainda estamos "no meio do caminho" (ek meros), estaremos no mesmo tempo da época apostólica, quando a Igreja recebia revelação para ser doutrinada, no mesmo pé de igualdade. Não há saída. Por isso que Ray Osborn diz que o Cânon não está completo, porque, se nós-chegamos a conclusão que o dom de conhecimento e profecia se aperfeiçoaram, amadureceram, chegaram ao que é perfeito, ao teleion, teremos de admitir que o Cânon já foi completado. Osborn, como é bom pentecostal não admite isso. Ele acha que o Cânon está aberto- para que a Igreja ainda possa-receber dons revelacionais, extraordinários. Por isso, quem quer ser sincero com sua doutrina de que o dom de profecia hoje é a mesmo de Corinto, não poderá admitir fechamento do Cânon.

Alguém poderia perguntar: quando cessou estes dons extraordinários (línguas, profecias, ciência)? Alguns dizem que foi quando o Cânon fechou. A própria História revela que no segundo século não havia mais nenhum registro de línguas, não havia mais dom de línguas nas igrejas. Mas a evangelização não havia parado, e sim começado. Os pais da Igreja não falam em línguas. As Cartas-Pastorais (Igreja Presbiteriana) falam que as línguas cessaram algum tempo após a época apostólica. Só Montano, o fundador de um movimento apocalíptico cristão, no século II (na Frigia), dizia ter recebido revelação direta do Espírito Santo de que, como representante do Espírito Santo, lideraria a Igreja durante seu último período aqui na terra. Ele era ajudado por profetisas para "renovar" os dons, o poder e os sinais ocorridos durante a era apostólica. Foi considerado pela Igreja como herege por seus abusos. Ninguém explica porque, já no segundo século, desaparecem as línguas, mas a Bíblia não desaparece. A profecia e o conhecimento, plenos, (Bíblia) não.

Quero dizer que não foram os exageros do Montanismo que fizeram as línguas cessarem. Não foi por isso que elas cessaram. Porque se a Igreja continuasse praticando o dom de línguas, seria exatamente como é hoje. Não há, hoje, os "exagerados"?! E por causa dos "exagerados" nós iríamos abandonar uma prática lícita? Não. Se é prática lícita da Igreja, por que Montano, por causa de seus exageros, levaria a Igreja a abandonar esta prática dos dons de língua? Creio que autores não quiseram dizer isso. Não foi por causa de Montano. As Cartas Pastorais ainda dizem que "Crisóstomo, um teólogo do IV século, testificou em seus escritos que as línguas e outros dons 'espetaculares' haviam cessado tão antes de sua própria época, que ninguém mais sabia ao certo das suas características. Assim, através dos séculos, a Igreja vem servindo a Deus, evangelizando o mundo e sendo edificada sem o pretenso auxílio das mesmas". Os maiores avivamentos da História depois de Pentecostes não ocorreram com a presença do dom de línguas.

O problema é que, quando eu ligo a questão de que Paulo diz que estes dons cessarão e há um momento na História da Igreja que de fato cessam, os Pentecostais dizem que foi por causa da incredulidade que este dom de línguas cessou. Neste caso, temos de perguntar é dom ou não é? Um dom não pode parar por falta de fé, pois não seria dom. Mas, certo pastor muito famoso no Brasil {Caio Fábio), disse que foi porque esqueceram de dar ênfase neste dom pois em cada época, cada teólogo enfatizava tal e qual doutrina, e esqueceram da "doutrina dos dons". Mas nós voltamos a perguntar: é dom ou não é dom? Quer dizer que o dom deve ser busacado, enfatizado, para-que ele "chegue"? Se for assim, não é dom. A Igreja ficaria séculos sem a prática deste dom, sem algo essencial à edificação dos crentes porque os teólogos esqueceram de enfatizá-lo? Não seria dom.

Um outro problema é que, se o dom de língua vem surgir no século XX com os pentecostais, perguntamos: Paulo disse que o dom cessaria e que depois voltaria? Ou diz apenas que cessaria? Por isso é uma grande interrogação estas línguas que estão ai. Elas voltaram porque agora os crentes estão mais "crédulos" ou agora é a época onde se voltou a se dar ênfase neste dom "esquecido"? Se for assim não é dom! Se for assim, os pentecostais estão com a razão, é só buscar quando se quiser e "falar", porque não é dom. É uma técnica aprendida, e vou praticá-la quando desejar. Se é dessa forma, não é o dom de línguas do Novo Testamento. Não tem nada a ver com a teologia Paulina sobre o aspecto soberano do dom. Se fizermos a interpretação que o dom cessou por causa de incredulidade, ficamos com este problema de responder: que dom é este? Se cessou provisoriamente não houve mais Igreja. Se o dom, que era para permanecer até hoje e edificar a Igreja, esta Igreja não deu-lhe mais lugar, então não houve Igreja, pois não tinha edificação. Sempre alguém diz que já viu alguém falar línguas e alguns as interpretam...etc. Bem, o problema é: você vai interpretar a Palavra à luz da experiência, ou conhece a experiência lá para olhar para a de cá e concluir que realmente estas línguas são as do livro de Atos? Os próprios pentecostais não são unânimes na questão da natureza e propósito do dom de línguas. Existem muitos pensamentos diferentes a respeito. De seis autores pentecostais que consultei, não há dois concordantes. Não há clareza sobre a questão deste dom. Para surgir hoje num padrão diferente do N.T. inevitavelmente ficamos confusos. Por isso não podemos aceitar ipsis literíso modelo moderno de línguas.

Carson diz assim: "...nunca transmite de forma não ambígua o sentido, parar por si mesmo e diversas passagens excluem sugestões como a força semântica, imediata, da voz média deste verbo. Por exemplo, em Lucas 8:24, lemos que Jesus repreendeu o vento e a fúria das águas e tudo cessou e o verbo está na voz média e é epaisanto que é o mesmo verbo que diz que as línguas cessam". Mas ele pergunta "quem foi que cessou?". "Foi o poder de Jesus". O que Carson quis dizer é que não há fundamento exegético para se dizer que as línguas cessam por si mesmas. Mas o dom de profecia e de conhecimento serão aniquilados por um poder de algo que virá e será colocado no seu lugar. Mas o que ele não leva em conta nem responde é uma questão muito séria que há aqui. No v.8 lemos: "...mas havendo profecias, desaparecerão (katargeu); havendo línguas, cessarão (paou); havendo ciência, passará (katargeuf. Depois, Paulo cita, no v.9, "...porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será katargeu - aniquilado". O verbo katargeu novamente. Por que isso? O "perfeito" aniquilará o que é em parte (profecia e o conhecimento). Por isso o apóstolo usa o verbo paou para dizer que as línguas cessarão. Nada as aniquilará, mas o. "perfeito” aniquilará o que é em parte. Agora eu entendo porque Paulo usa este dois verbos. Para fazer um contraste com o dom de línguas que nada o aniquilará. Paulo usa o passivo, mas depois ele explica porque esta usando o passivo: serão aniquiladas (profecias e ciência) - linguas cessarão (paou). Se o verbo está no passivo, pergunta-se: quem vai aniquilar? Por que serão aniquiladas? O próprio Paulo responde dizendo que quando vier o to teleion, este aniquilará o que está em parte. Carson faz esta critica para evitar os exageros. Digo, porém, que aqui tem razão de ser voz passiva e voz média.

Porque profecias e conhecimento continuarão (e línguas cessarão)? Porque chegam no telos. Quem ficar sem chegar ao telos, cessará. É o caso das linguas, que começam, têm um propósito e depois param. Mas profecia e ciência, continuarão até o telos. Por que profecia- e conhecimento permanecem? Por que agora temos a perfeição da profecia e do conhecimento. Vejam que as língua não caminham para o telos. O telos da língua estava lá em Atos, em Corinto, no primeiro século. Mas a Igreja não caminhara sem profecia e sem conhecimento, serão levadas ao "que é perfeito". Não serão mais em parte. Serão aperfeiçoados.


Línguas cessam To teleion -> telos
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Dons Revelação Parcial Conhecimento e
(na época apostólica) (ekmeros) Profecia plenos { não serão "em parte"}
{ MATURIDADE DA IGREJA}


As línguas cessam por terem sido um sinal e por isso não chegam ao aperfeiçoamento; elas tiveram um propósito e param pois não têm o alvo (teleion) como a profecia e a ciência. Toda profecia e conhecimento que Paulo cita não é pelas Escrituras; são revelações.

Há uma colocação que poderia ser feita por alguém. E as passagens que nós não entendemos, elas serão aperfeiçoadas quando? Esta é uma colocação dos pentecostais. Eles afirmam: se o dom de profecia e o dom de conhecimento já chegaram ao teleion, à perfeição, nós, então, já conhecemos tudo? A pessoa será obrigada a dizer que não sabe tudo da Bíblia. Nesse caso eles dizem: então o pleno conhecimento só poderá ser na segunda vinda; não aconteceu; "o que é perfeito" ainda acontecerá, será a vinda de Cristo, ou o céu. Este parece um forte argumento, pois não temos um conhecimento pleno das Escrituras. Como podemos responder a esta argumentação? Onde está a falha desta argumentação? Como disse Calvino, uma criança hoje quando estuda as Escrituras, é Ph.D. em comparação com os crentes de Corinto, sabe muito mais do que um profeta do V.T.. Na época de Paulo a Igreja caminhava na dependência de dons que revelavam. Então Deus não revelou tudo. O pleno conhecimento, para aquela época, seria exatamente o que conhecemos hoje. Eles tinham o dom de profecia e conhecimento apenas em parte. Não podemos nunca comparar o conhecimento que temos hoje, com o da época de Paulo em Corinto. A plenitude desse conhecimento é sempre uma comparação entre o que a igreja hoje conhece e o que a Igreja de Corinto conhecia. A profecia e o conhecimento, hoje, não são mais em parte. Imagine a Igreja daquela época desejar saber algo sobre a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos e ter de esperar um domingo para ir à igreja na expectativa de Deus revelar, se quisesse, estas verdades, a alguém que tivesse este dom de profecia e conhecimento para poder aprender. Mas hoje, a qualquer hora, podemos abrir a Bíblia nestes assuntos e tirar as dúvidas. Além disso, várias pessoa, baseadas na Bíblia, estão escrevendo, expondo, analisando a Palavra. Nosso conhecimento é muito maior do que aquele dos irmãos de Corinto. Eles dependiam das revelações.

Há um autor que defende que o ek meros não é o que está em parte, mas o individual. Ele diz que o conhecimento de Corinto era tão pequeno, tão limitado sobre a revelação, que o ek meros significa individual. Ele está tentando dizer que Não era qualquer pessoa que podia conhecer sobre qualquer assunto, e sim uma pessoa, em especial, porque a ela teria sido dado aquele conhecimento que ele teria de passar para a Igreja. Por isso era terminantemente proibido o uso de línguas sem interpretação. Mas Peter Wagner diz que, línguas, eram "um outro lipo de dom": O orar e cantar em línguas. Isso na verdade não tem nenhum fundamento. Nós concordamos que os crentes de Corinto dependiam de revelações de algumas pessoas para sua edificação. Mas é bom dizermos-que Paulo não usa ek meros (em parte) no sentido de individual, mas parcial mesmo, pois depois vem o completo, o perfeito. Não podemos contrastar o perfeito com individual e sim o perfeito com o parcial. O todo com a metade.

Podemos resumir dizendo, que ao contrário da profecia e da ciência, que era ek meros (na época de Paulo), mas quando chegassem ao telos, a forma ek meros de ciência e profecia seria aniquilada. Tendo agora o telos da profecia e da ciência, as línguas não são incluídas no processo ek meros, pois não há nenhum alvo de aperfeiçoamento para elas. Não há, a não ser que o movimento de línguas hoje seja isso, Porém, exegeticamente, biblicamente não se pode provar isso. O que resta é fazer o que os pentecostais fazem: dá um "salto" por cima da Bíblia.

Na verdade, os supostos profetas de hoje se tomaram "sacerdotes" (mediadores) e Deus não fala mais com os crentes, mas falam a estes "sacerdotes". Para os crentes se achegarem a Deus têm de ter sacerdotes, ou seja, mediadores. Mas, perguntamos se o cristianismo de hoje é de mediadores. Ouvimos os supostos sacerdotes de hoje dizerem: Deus me disse para você fazer isso ou aquilo. Mas você deve perguntar a estes "sacerdotes" ou "profetas": que dom é este? No Novo testamento o que é o dom de profeta? Qual a visão Neo-Testamentária? No Novo Testamento não se vê esta ordem que nós estamos vendo hoje. Houve um dom de Profecia para Paulo porque ele era apóstolo, tinha credenciais definidas, estava escrevendo a Bíblia, Deus estava revelando toda a Sua história da salvação. Eu não faço parte desta revelação. Eu usufruo as bênçãos desta revelação. Eu sou fruto dessa história. Não temos mais profetas neste sentido. Profeta hoje, é aquele que anuncia o que está revelado, o perfeito, o completo.

Se formos raciocinar pelo caminho do pragmatismo, de que muitos que se dizem profetas estão "acontecendo", então, valem as profecias de Nostradamus, do movimento carismático e tudo seria correto, tudo seria bom porque "funciona”. Este pragmatismo não pode dar certo em relação à Palavra de Deus, porque o próprio Jesus disse que milagres não são certeza da presença do Espírito (Mt. 7). Os magos fazem milagres, as seitas satânicas falam línguas. Portanto, milagres e curandeirismo (que funcionam) não dá credencial para a natureza do que é verdadeiro. A quem usa o argumento de que o movimento pentecostal tem feito a Igreja crescer com toda esta ênfase nos dons extraordinários eu respondo dizendo que a Igreja e vários movimentos históricos cresceram tremendamente, chegando a fazer nações inteiras conhecerem a Cristo sem usar estes dons de línguas, ou qualquer dom milagroso.
CONTINUA NO PRÓXIMO POST...


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