CFW Cap XXX,XXXI, XXXII,XXXIII Censuras eclesiásticas, sínodos e ressurreição dos mortos


CAPÍTULO XXX

DAS CENSURAS ECLESIÁSTICAS

I.    O Senhor Jesus, como Rei e Cabeça da sua Igreja, nela instituiu um governo nas mãos dos
oficiais dela; governo distinto da magistratura civil.

Ref. Isa. 9:6-7; I Tim. 5:17; I Tess. 5:12; At. 20:17, 28; I Cor. 12:28.

II.    A esses oficiais estão entregues as chaves do Reino do Céu. Em virtude disso eles têm
respectivamente o poder de reter ou remitir pecados; fechar esse reino a impenitentes, tanto pela
palavra como pelas censuras; abri-lo aos pecadores penitentes, pelo ministério do Evangelho e pela
absolvição das censuras, quando as circunstâncias o exigirem.

Ref.Mat.l6:19,e18:17-18;João 20:21-23;IICor.2:6-8.

III.    As censuras eclesiásticas são necessárias para chamar e ganhar para Cristo os irmãos
ofensores para impedir que outros pratiquem ofensas semelhantes, para purgar o velho fermento que
poderia corromper a massa inteira, para vindicar a honra de Cristo e a santa profissão do Evangelho
e para evitar a ira de Deus, a qual com justiça poderia cair sobre a Igreja, se ela permitisse que o
pacto divino e os seios dele fossem profanados por ofensores notórios e obstinados.

Ref. I Cor. S; I Tim. 5:20; e 1:20; Judas 23.


IV. Para melhor conseguir estes fins, os oficiais da Igreja devem proceder na seguinte ordem, segundo a natureza do crime e demérito da pessoa: repreensão, suspensão do sacramento da Ceia do Senhor e exclusão da Igreja.

Ref. Mat. 18:17; ITess.5:12; IITess. 3:6,14-15; I Cor. 5:4-5;13.

CAPÍTULO XXXI

DOS SÍNODOS E CONCÍLIOS

I. Para melhor governo e maior edificação da Igreja, deverá haver as assembléias comumente chamadas sínodos ou concílios. Em virtude do seu cargo e do poder que Cristo lhes deu para edificação e não para destruição, pertence aos pastores e outros presbíteros das igrejas particulares criar tais assembléias e reunir-se nelas quantas vezes julgarem útil para o bem da Igreja.

Ref. At.15:2, 4, 6 e 20:17, 28; Apoc. 2:1-6.

II.    Aos sínodos e concílios compete decidir ministerialmente controvérsias quanto à fé e casos
de consciência, determinar regras e disposições para a melhor direção do culto público de Deus e
governo da sua Igreja, receber queixas em caso de má administração e autoritativamente decidi-las.
Os seus decretos e decisões, sendo consoantes com a palavra de Deus, devem ser recebidas com
reverência e submissão, não só pelo seu acordo com a palavra, mas também pela autoridade pela
qual são feitos, visto que essa autoridade é uma ordenação de Deus, designada para isso em sua
palavra.

Ref. At. 16:4, e 15:27-31.

III.    Todos os sínodos e concílios, desde os tempos dos apóstolos, quer gerais quer particulares,
podem errar, e muitos têm errado; eles, portanto, não devem constituir regra de fé e prática, mas
podem ser usados como auxílio em uma e outra coisa.

Ref. At. 17:11; I Cor. 2:5; II Cor. 1:24.

IV.    Os sínodos e concílios não devem discutir, nem determinar coisa alguma que não seja
eclesiástica; não devem imiscuir-se nos negócios civis do Estado, a não ser por humilde petição em
casos extraordinários ou por conselhos em satisfação de consciência, se o magistrado civil os
convidar a fazê-lo.

Ref. Luc. 12:13-14; João 18:36; Mat. 11:21.

CAPÍTULO XXXII

DO ESTADO DO HOMEM DEPOIS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

I. Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em pó e vêm a corrupção; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo uma substância imortal, voltam imediatamente


para Deus que as deu. As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são recebidas no mais alto dos céus onde vêm a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos; e as almas dos ímpios são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final. Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar.

Ref. Gen. 3:19; At. 13:36; Luc. 23:43; Ec. 12:7; Apoc. 7:4, 15; II Cor. 5: 1, 8; Fil. 1:23; At. 3:21; Ef. 4:10; Rom. 5:23; Luc. 16:25-24.

II.    No último dia, os que estiverem vivos não morrerão, mas serão mudados; todos os mortos
serão ressuscitados com os seus mesmos corpos e não outros, posto que com qualidades diferentes,
e ficarão reunidos às suas almas para sempre.

Ref. I Tess. 4:17; I Cor. 15:51-52, e 15:42-44.

III.    Os corpos dos injustos serão pelo poder de Cristo ressuscitados para a desonra, os corpos
dos justos serão pelo seu Espírito ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio
corpo glorioso dele.

Ref. At. 24:l5; João5:28-29; Fil. 3:21.

CAPÍTULO XXXIII

DO JUIZO FINAL

I.    Deus já determinou um dia em que, segundo a justiça, há de julgar o mundo por Jesus
Cristo, a quem foram pelo Pai entregues o poder e o juízo. Nesse dia não somente serão julgados os
anjos apóstatas, mas também todas as pessoas que tiverem vivido sobre a terra comparecerão ante o
tribunal de Cristo, a fim de darem conta dos seus pensamentos, palavras e obras, e receberem o
galardão segundo o que tiverem feito, bom ou mau, estando no corpo.

Ref. At. 17:31 ; João 5:22, 27; Judas 6; II Ped. 2:4; II Cor.5:10; Ec. 12:14; Rom. 2:16, e 14:10, 12; Mat. 12:36-37.

II.    O fim que Deus tem em vista, determinando esse dia, é manifestar a sua glória - a glória da
sua misericórdia na salvação dos eleitos e a glória da sua justiça na condenação dos réprobos, que
são injustos e desobedientes. Os justos irão então para a vida eterna e receberão aquela plenitude de
gozo e alegria procedente da presença do Senhor; mas os ímpios, que não conhecem a Deus nem
obedecem ao Evangelho de Jesus Cristo, serão lançados nos eternos tormentos e punidos com a
destruição eterna proveniente da presença do Senhor e da glória do seu poder.

Ref. Rom. 9:23; Mat. 2.5:21; Rom. 2:5-6; II Tess. 1:7-8; Mat. 25:31-34; At. 3:19.

III.    Assim como Cristo, para afastar os homens do pecado e para maior consolação dos justos
nas suas adversidades, quer que estejamos firmemente convencidos de que haverá um dia de juízo,
assim também quer que esse dia não seja conhecido dos homens, a fim de que eles se despojem de


toda confiança carnal, sejam sempre vigilantes, não sabendo a que hora virá o Senhor, e estejam prontos para dizer - "Vem logo, Senhor Jesus". Amém.

Ref. II Ped. 3:11, 14; II Cor. 5:11; II Tess. 1:5-7; Luc. 21:27-28; Mat. 24:36, 42-44; Mar. 13:35-37; Luc. 12:35-36; Apoc. 22:20.

Um comentário:

  1. Então, e quem julga os "oficiais"? Então Deus criou os Homens sabendo à partida (Deus sabe tudo o que foi, é e será!)que ia condenar uns e salvar outros?
    Há aqui qualquer coisa que não bate certo...
    E se optasse por um discurso mais positivo concedendo ao Homem o direito a ser livremente responsável e não tentando adivinhar o que pensa Deus da sua vida?
    O medo serve apenas para "domesticar" o Homem/Mulher para melhor e mais facilmente o explorarem. É da Historia! Da realidade!!!

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