Frade Afirma que jesus é um mito e os crentes são idólatras!

O ex-frade Marcelo da Luz, 42, escreveu um livro que é uma azeitonada metralhadora giratória – há ali balas para todos. No “Onde a religião termina?" (486 págs, R$ 68, Editares), ele argumenta e procura provar, entre outras coisas, o seguinte: Jesus Cristo é um mito, os evangélicos são idólatras da Bíblia, a Igreja Católica é uma seita lavadora de cérebros, o espiritismo não liberta e apenas consola, as religiões atrasam a evolução da humanidade e os ateus são crentes equivocados.
Ninguém poderá acusar Luz de falar sobre o que não entende. Ele se dedicou ao sacerdócio por 20 anos. Graduou-se no Brasil, Itália Estados Unidos em ciências humanas, filosofia e teologia. Teologia, aliás, a qual ele considera ser uma pseudociência, porque não faz pesquisa alguma, mas apenas comparações de interpretações de dogmas em diferentes momentos da história.
O questionador Luz é adepto de uma corrente de pensamento bem questionável: a conscienciologia.
Trata-se de uma proposta formulada pelo médico brasileiro Waldo Vieira para abordar a consciência humana a partir do pressuposto de que o universo e o homem são multidimensionais, o que explicaria os fenômenos paranormais (ou parapsíquicos) e o da reencarnação -- não da alma, mas da consciência.
Em entrevista a AD Luna, do Jornal do Commercio, o ex-frade explicou que a conscienciologia não está contaminada por deslumbramentos, misticismos, religiosidades, cultos etc. Para essa neociência, disse, não existe um deus ao qual o homem é subserviente.
“Onde a religião termina?” se refere muito a Jesus pelo motivo óbvio de que foi escrito por um ex-sacerdote cristão. É a parte mais polêmica do livro.
Luz escreveu um capítulo para desconstruir a divindade atribuída a Jesus. Ele sustenta que o Jesus histórico, o cidadão palestino do século 1, não tem nada a ver com o homem divino que foi inventado pelos religiosos várias décadas após a morte de Jesus de Nazaré.
“Pedro e Paulo viam Jesus como um homem especial, mas não o consideravam divino”, disse. “A figura divina do Cristo é um produto pouco a pouco construído pelo fanatismo e interesse político de seus seguidores”, afirmou.
“Não há motivos racionais para que alguém considere Jesus divino ou o homem mais inteligente e brilhante que já existiu. Muito pelo contrário. Hoje, qualquer pessoa esclarecida pode ir muito além de Jesus Cristo.”
Porque, pelo que se pode extrair dos evangelhos, só para citar alguns exemplos, Jesus “foi sectário, obscuro em muitos momentos; usou discurso demagógico e populista; fomentou o fanatismo ao reclamar para si o amor exclusivo dos discípulos; foi ignorante quanto ao próprio parapsiquismo; utilizou muitas vezes a coerção psicológica para convencer os devotos (medo do inferno, proximidade do juízo final), insuflou a violência em alguns momentos; pregou o amor condicional (aqueles que não aceitam sua vontade serão condenados)... “

Seguem mais algumas afirmações do ex-frade:
-- A Conscienciologia busca investigar objetivamente a realidade da consciência, sem crendice ou mistificação, reconhecendo no parapsiquismo a chave para a pesquisa da realidade multidimensional do ser humano, algo ainda amplamente ignorado pela ciência comum.
-- A religião fomenta a formação da mente sectária. O devoto vai interpretar o restante do mundo por meio do foco dogmático da doutrina professada pela sua religião. Estará convencido de que o seu grupo é dono da “verdade” ou “revelação” absoluta. Inexiste religião universalista.
-- Os líderes religiosos julgam ter as fórmulas seguras que levam à realização absoluta. Uma metáfora evangélica expressa essa relação de dependência: “pastores e ovelhas”. Animais passivos e indolentes, as ovelhas obedecem ao comando do pastor. “Rebanho” é outra metáfora que expressa a noção de “massa impensante”.
-- Devotos escolhem renunciar ao pensamento próprio para “terceirizarem” suas escolhas existenciais.
-- O passado e o presente da humanidade são manchados de sangue derramado pelos religiosos. Essa violência é algo intrínseco aos credos religiosos. A religião carrega em si a semente da violência, pois a pregação da verdade absoluta exige sempre defesa e controle.
-- As religiões, historicamente, sempre fizeram apologia da tirania e da escravidão. A defesa dos direitos humanos é uma ideia secular, não religiosa.
-- Os movimentos cristãos mais contemporâneos, especialmente o neopentecostalismo, “democratizaram” o milagre, tornando-o “mercadoria” acessível. O que move as multidões a migrarem de igreja em igreja é a expectativa do extraordinário, a obtenção do “favor” divino. Hoje, essa sede de milagres é explorada comercialmente, dando razão à máxima “Templo é dinheiro”.
-- Durante algum tempo, ainda enquanto padre, também defendi o sincretismo com o Oriente. Contudo, cobrir algo que já é irracional (a mensagem cristã) com outra coisa também obscura (os misticismos orientais são, em grande parte, resultado da ignorância quanto ao uso ético do parapsiquismo) não resolverá o problema.
-- O autoconhecimento pode dispensar qualquer tipo de adulação ou culto a seres supostamente superiores, pois um ser verdadeiramente superior ou evoluído jamais estará interessado na submissão das pessoas.
- Reconheço os méritos desses (Richard Dawkins e Sam Harris) e de outros escritores secularistas. Eles são admiráveis porque trouxeram a religião para a mesa de debate, denunciando os absurdos do pensamento religioso. Mas é inegável que acabam recaindo em um novo dogma: a afirmação da inexistência de “Deus”.
-- Os deuses das religiões (e o deus cristão não é exceção) não existem, são apenas ideias, projeções aumentadas das ambições e desejos humanos. Penso que os escritos de Dawkins e Harris nos ajudam a compreender isso. Contudo, eles acabam dando um salto muito grande ao pretenderem negar a possibilidade de uma causa primeira para o universo, pois simplesmente não sabemos coisa alguma sobre quem ou o que é isso. Esse assunto permanece inalcançável às nossas possibilidades cognitivas.
-- A própria noção de eternidade, paraíso, céu, absoluto, denota a ideia de algo estático, a cessação do processo de evolução, o que não faz sentido.
-- Como imaginar que um único indivíduo humano, Jesus Cristo (cheio de imaturidades) possa ser a medida de todas as consciências do cosmo?
-- O grande problema do espiritismo, embora este tenha experiência da “reencarnação”, é que, além de cultivar o misticismo, mantém a figura de Jesus e a ideia do Deus cristão como modelos evolutivos.
-- A diretriz norteadora das discussões conscienciológicas é o princípio da descrença: não acredite em nada. Nem mesmo naquilo que você lê aqui. Experimente. Tenha suas próprias experiências.

Notícias Cristãs com informações do Jornal do Commercio via Paulo Lopes

Acabei de copiar do Site Notícias Cristãs, mas como SOU CRISTÂO E ÉTICO, EU CITO AS FONTES ORIGINAIS E O NOTÍCIAS CRISTÃS. Link Original: http://news.noticiascristas.com/2011/05/jesus-e-mito-e-evangelicos-sao.html#ixzz1WS2nK8DY
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Um pouco de Exegese Romanos 15.15-21




Rev. José Clóvis Falcão

VISÃO MISSIONÁRIA EM ROMANOS ( 15.15-21)
Paulo está concluindo sua epístola aos cristãos em Roma e não poderia deixar de ensinar acerca de sua visão missionária. Destaquemos alguns aspectos:

I) A CAUSA PRIMEIRA:  A GRAÇA OUTORGADA, v. 15 b " por causa da graça que me foi outorgada por Deus."
Graça - charis, graciosidade, atratividade, Cl.4.6; favor, ajuda graciosa, boa vontade Rm.3.24; 4.4; 5.20 s; 11.5 s.
Outorgada - dotheisan, particípio do 1o. aoristo passivo. Duas observações: a) ação pontilear, definida de Deus; b) passiva, não implicou no esforço paulino: a graça não se fundamneta no mérito humano, do contrário deixa de ser graça para ser recompensa, ver também I Tm.1.12-15.

II) FINALIDADE DA GRAÇA: O SERVIÇO, v.16 ministro de Cristo entre os gentios.
Eis ton einai, infinitivo final, aponta um alvo. Leitougos - servo, ministro com referência especial à responsabilidade perante Deus, Rom.13.6; 15.16. Examine Ez.3.17-19. Leitourgos (2-5) ministro, alguém que perfaz um serviço público, particularmente um serviço religioso. "Em Rom.15.16, Paulo descreve a sua graciosa chamada "para que eu seja ministro (leitourgon) de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, hierourgounta to euanguelion tou Theou, de modo que a oferta dos gentios seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo" O contexto sugere que a própria epístola aos Romanos é um resumo deste ministério sacerdotal (cf.Rom.15.15).À luz de Rom.15.8,9,13 Robinson escreve "Romanos não é somente uma exposição do evangelho da esperança como, ao mesmo tempo, a apologia de Paulo em prol do seu "sacerdócio" naquele evangelho" DITNT.
Hierourgounta - particípio do presente, (1-1) servir como sacerdote, executar uma função sagrada, especialmente sacrificar (Chave Linguística).

III) O PROPÓSITO DO SERVIÇO: OBEDIÊNCIA, v.18 para conduzir os gentios à obediência
Hupakoe- obediência Rom.1.5; 6.16; 16.19,26. O verbo é hupo+akouo ( sob+ouvir ) Dá a idéia de que há rebeldia entre os gentios e Paulo objetiva pregar-lhes o evangelho que produz obediência, mudança de vida para sujeição, submissão a Cristo.
Tenho divulgado, v.19 peplerokenai, infinitivo perffeito, encher, cumprir, preencher. Preencher o espaço vazio na pregação do evangelho, onde outros ainda não tenham pregado.
"e circunvizinhanças" kyklo, (1-8) em um círculo, ao redor. A ideia da palavra é um círculo completo, e Paulo descreve o território já evangelizado na Palestina, Síria, Ásia Menor e Grécia como estando desntro de umcírculo de nações ao redor do Mar Mediterrâneo.(Ch.Ling.)
Que o Deus continue a usá-lo na expansão de Seu Reino.
                                                              jc de JC

Alvoroçar o mundo é uma questão de compromisso


Quem lê, à primeira vista, Atos 17.6b acha que é um elogio. Mas não o é. Na verdade foi uma denúncia, uma reclamação de alguns religiosos sobre o apóstolo Paulo que estava provocando uma verdadeira revolução religiosa, por onde passava.

Se soubessem, apelidariam Paulo de um verdadeiro tsunami, porque arrastava, por onde passava, uma multidão de novos seguidores do Caminho, a saber, Jesus Cristo.

Nada passava incólume à presença do Apóstolo aos Gentios. Força, determinação, inteligência, senso de oportunidades, tudo isso orbitava no maior nome de toda a cristandade.

Um homem capaz de mudar o mundo que está ao seu redor, ser um instrumento de transformação da história deve nos conduzir a refletir o que podemos fazer para também sermos parte de uma geração disposta a impactar o mundo.

Sobrevoando a Palavra em atosPaulo seguia em sua segunda viagem missionária. O apóstolo já havia passado por várias cidades, desde o seu envio, em Antioquia . Naquela ocasião, os mestres e líderes da igreja, depois de jejuar e orar, impuseram as mãos sobre Paulo e Barnabé e os consagraram para viagens missionárias . Algo importante a destacar é que nenhuma ação missionária pode prescindir da piedade espiritual e do apoio incondicional da igreja de Cristo.

Para esta viagem Paulo recomeça da cidade de Antioquia "onde haviam sido encomendados à graça de Deus para a obra que acabavam de cumprir".

A turma do Caminho, entretanto, não gozava de prestígio em todos os lugares, por conta dos líderes religiosos locais. A mensagem era libertadora demais, e por isso incomodava. Atos 17.6 é fruto desse incômodo que os seguidores de Jesus causaram. A expressão "têm alvoroçado" o mundo, é uma reclamação sonora dos que não queriam ver a expansão da mensagem de Jesus Cristo.

Contudo, a pregação da Palavra não poderia ser presa. Nada poderia impedir a expansão missionária que começou naqueles dias e atravessou as décadas até chegar aos nossos dias. Isso era missões no coração de Paulo e deve ser no coração da igreja.

O que precisamos fazer para sermos uma geração capaz de transformar a história? 1) Precisamos assumir uma responsabilidade que começa não em nós, mas em mim

O compromisso de Paulo não passava por uma relação coletiva com Deus. Ao contrário, assumia o seu papel como instrumento ou ferramenta nas mãos de Jesus Cristo: "Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía" , diz ainda "Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim".

Paulo tinha um compromisso sério com sua experiência com Deus e com Sua obra. Revolucionar o mundo é uma tarefa que começa comigo. Passa pela minha intimidade com Deus e pelo meu amor a Ele.

Não ganharemos o mundo para Jesus enquanto a responsabilidade de cada membro do Corpo de Cristo não for reconhecida. Enquanto jogar para o outro a tarefa que está em sua mão, dificilmente a igreja avançará nos terrenos que precisam ser conquistados.

2) Precisamos desenvolver uma capacidade de olhar o mundo como Deus olha

Paulo foi o grande responsável pela difusão do evangelho e propagação nos primeiros dias da igreja. Tornou-se o maior intérprete da mente de Cristo. Seu olhar contemplava o desejo de Jesus de alcançar as nações com as Boas-Novas do reino de Deus.

Escrevendo aos Filipenses, não apenas exortou a igreja a viver plenamente em Cristo, mas usou suas cadeias, de onde escrevia, como plataforma da pregação do evangelho, para salvação de pessoas. Paulo afirma que "muitos irmãos no Senhor, tomando ânimo com minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor" .  Segundo ele "tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação". 

A igreja precisa aceitar o grande desafio de olhar o mundo ao seu redor com o olhar paterno de Deus. Há um desafio em cada esquina da cidade. Há uma geografia espiritual que reclama a manifestação dos filhos de Deus. Não podemos entregar o mundo ao bel-prazer e fechar os olhos para as estruturas malignas que o consomem. Tenhamos um olhar capaz de ver essas estruturas como alvos missionários de uma igreja que avança contra as portas do inferno.

3) Precisamos enxergar as suas demandas, com coragem e compromisso

Os anos se passaram, e o mundo mudou e não vem de agora. Não se deu neste momento, mas faz parte de um processo inexorável que pode culminar com males terríveis para toda a humanidade. E isso deve preocupar a igreja de Cristo no Brasil e no mundo.

Para isso é necessário pensar que o mundo está cada vez mais degradado pelo pecado - Há um grito ensurdecedor da natureza, exigindo que o homem a respeite, e não a maltrate. Será que isso é apenas assunto dos órgãos governamentais? Será que isso é apenas problema dos que assinaram acordos mundiais? Se não enxergarmos o mundo como algo "que jaz no maligno" , corremos o risco de batermos palmas para o desenvolvimento que nos ajuda, ao tempo que choraremos o preço que nos cobra.

E, ainda, é preciso pensar que a natureza precisa ser preservada, porque uma ação de Deus não pode ser destruída pelo homem - "tanto o seu eterno poder, como a sua divindade se entendem, e claramente se veem pelas coisas que são criadas".  

4) Precisamos de um olhar missionário, capaz de encontrar os necessitados por Jesus, onde eles estiverem

Uma igreja é do tamanho da sua visão sobre Deus. E uma visão correta sobre o amor de Deus pelas pessoas leva-nos a pensar sobre a importância da obra missionária na igreja. Fazer missões ou sustentar a corda missionária não é um mero modelo de igreja, é um princípio!
A obra missionária da igreja local tem que ser fruto de um avassalador sentimento de paixão pelas almas perdidas. Este é um desafio urgente a se produzir no coração da igreja de Cristo e  precisa necessariamente ser amplificada por uma visão capaz de alcançar todas as fronteiras com a pregação do evangelho.

AMADURECENDO NA PALAVRA
1) Como transferimos a responsabilidade missionária que é "minha" para "nós" e fugimos de nosso compromisso com missões?
2) A igreja tem sido hoje instrumento de transformação da história? E como isso tem acontecido?
3) Se dividirmos em grupos, agora, quantas ideias sairiam do coração da igreja para preservação do meio ambiente?
4) Cite 3 grandes desafios missionários às igrejas batistas hoje no Brasil? Você consegue identificar alguns?
5) Como sua igreja pode ser instrumento para "alvoroçar" o mundo, a partir do bairro, da cidade e do estado onde ela se encontra?

Pr. Wellison Magalhães
Formado em teologia e comunicação. Autor do livro "Simplesmente Igreja - viva, santa e acolhedora". Pastor da 1ª IB do Grajaú - Rio de Janeiro (RJ)

Mais uma violação a constituição e a Liberdade de expressão



Na véspera da Parada do Orgulho Gay de Ribeirão Preto, a Justiça mandou retirar da rua um outdoor considerado homofóbico. O outdoor foi feito pela Casa de Oração de Ribeirão Preto na semana passada e continha citações bíblicas, entre elas uma do livro de Levítico: "se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável".
Para a Defensoria Pública de São Paulo, que ingressou com uma ação civil pública contra a propaganda, as referências impressas no outdoor são degradantes aos homossexuais.
Em sua decisão, o juiz Aleksander Coronado Braido da Silva afirma que "a Constituição Federal protege a conduta do réu (a Casa de Oração de Ribeirão Preto) de expor suas opiniões pessoais, mas, ao mesmo tempo, também protege a intimidade, honra e imagem das pessoas quando violadas". A determinação judicial foi dada na sexta-feira e, no sábado, o outdoor foi retirado. Um dia antes da realização da parada gay em Ribeirão Preto, em sua sétima edição na cidade.

Esboço de sermão CH Spurgeon Apressando a Ló


"Ao amanhecer, apertaram os anjos com Ló" (Gn 19.15).
Esses personagens eram anjos ou aparições divinas? Não importa: eram mensageiros enviados por Deus, para salvar. Em qualquer caso, eles nos ensinam eomo lidar com os homens, já que desejamos despertá-los e abençoá-los. Imaginem os dois anjos com as quatro mãos ocupadas em conduzir para fora a Ló, sua esposa e suas duas filhas.
I O JUSTO PRECISA SER APRESSADO
1.   Em quê? Em questões de obediência a seu Senhor. Em sair do mundo (v.26).
Em buscar o bem de sua família (v.12).
2.   Por quê? A carne é fraca, Ló, sendo já velho, estava caracterizado demais pelo mundanismo.
Sodoma exercia uma lenta influência.
3.   Por quais meios? Lembrando-os de suas obrigações e oportunidades. Levando-os a considerar a rápida passagem do tempo e a brevidade da vida:
Advertindo-os da ruína certa, 
II. OS PECADORES PRECISAM SER APRESSADOS
1.   Os pecadores são muito indolehtes e se inclinam a protelar. Eles se acomodam na Sodoma do pecado.
Nao crêem em nossa advertência (v. 14), A letargia é o grande invento de Satanás para ruína deles,
2.   Nossa tarefa é apressá-los.
Devemos, nós mesmos, ser diligentes como aqueles 0 foram. Também devemos ser pacientes e repetir nossos apelos. Devemos ser resolutos e segurá-los pelas mãos.
3.   Temos muitos argumentos para apressá-los, com relação a eles. O iminente perigo em que se encontram, enquanto protelam. O pecado de tardarem, quando Deus ordena.
A suprema necessidade de uma decisão imediata. Quando certo jovem fez pública profissão cio evangelho, seu pai, sobremaneira ofendido, deu-lhe este conselho: "Tiago, primeiro você deveri;i íirmar-se num bom ramo de comércio, para depois pensar nesse assunto dc religião"; "Papai", disse o filho, Jesus Cristo me aconselha de modo diferente. Ele diz: "Buscai primeiro o Reino de Deus".


SATANÁS – SUA ORIGEM, OBRA E DESTINO

 


Nenhum crente na inspiração plenária das Escrituras pode duvidar da existência de um diabo pessoal. A realidade de semelhante entidade está indelevelmente estampada nas páginas do Santo Escrito. "Não podemos negar a personalidade de Satanás, exceto sobre princípios que nos compeliriam a negar a existência de anjos, a personalidade do Espírito Santo e a do Pai, Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 223).
Ainda mesmo que a Bíblia nada dissesse da existência de um tal ser, talvez fôssemos compelidos a crer na sua existência como uma explanação do poder sutil e escravizador do pecado.
I. A ORIGEM DE SATANÁS
A existência de um ser ímpio tal como Satanás é, em face de nossa crença em Deus como sendo infinitamente santo e contudo criador de todas as outras coisas, apresenta esta pergunta inescapável: Como vamos dar conta de sua existência?
Cético tem imaginado que a pergunta: Quem fez o diabo? Oferece uma objeção irrespondível à doutrina cristã de Deus. Mas a Bíblia responde a esta pergunta clara e razoavelmente.
1. SATANÁS, UM ANJO DECAÍDO.
Afirmamos isso pelas três seguintes razões:
(1) Ele é da mesma natureza que os anjos.
As obras atribuídas ao diabo tornam tarefa a nós impossível compreendê-lo algo outro que incorpóreo. Se ele fosse material, limitar-se-ia ao espaço; e, portanto, não poderia prosseguir com as obras universais de impiedade a ele atribuídas na Bíblia.
(2) Ele é o líder de certos anjos.
Em Mateus 25:41 Cristo usa a expressão: "O diabo e seus anjos".
(3) Um destino comum espera Satanás e esses anjos.
Na passagem referida há pouco a Cristo Ele nos conta que o inferno foi preparado tanto para o diabo como para seus anjos.
Concluímos que esses anjos dos quais Satanás é o líder e de cujo castigo ele se aquinhoará são os anjos decaídos mencionados por Pedro e Judas. Parece-nos claro, então, que Satanás mesmo é um anjo decaído.
A declaração em João 8:44 para o efeito que o diabo "foi homicida desde o princípio" não precisa de ser tomada como permanecendo em conflito com o precitado. A expressão "desde o princípio" não precisa de ser tomada como referindo-se ao princípio da existência do diabo: pode referir-se, e cremos que se refere, ao princípio da história humana.
2. DADOS DA QUEDA DE SATANÁS.
Cremos que temos na Escritura duas relações fragmentárias da queda de Satanás. Referimo-nos a Ezequiel 28:12-18 e Isaías 14:12-17.
A primeira dessas passagens foi endereçada ao rei de Tiro; a segunda ao rei de Babilônia. Em ambas, mas mais especialmente na primeira, algo da linguagem é forte demais para aplicar-se a qualquer homem. Cremos que essas passagens, quais muitas outras profecias, tem uma dupla referência. Isto é verdade de algumas das profecias concernentes ao reajuntamento de Israel: sendo a sua referência imediata à volta de Israel após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Mas, elas fazem também uma clara referência remota ao reajuntamento de Israel disperso no fim dos tempos. Em Mateus 24:4-51 temos uma dupla referência maravilhosamente trabalhada em conjunto. A razão desta dupla referência é que a destruição de Jerusalém em 70 A. D. foi um tipo do cerco final de Jerusalém logo em precedência ao segundo advento de Cristo à terra para julgar o mundo e estabelecer o Seu reino milenial; e, sem duvida, a razão da dupla referência nas passagens que estamos considerando de Ezequiel e Isaias é que os reis de Tiro e Babilônia foram tomados como tipos "do homem do pecado" (2 Tessalonicenses 2:3,4), a "besta" do Apocalipse (Apocalipse 13 e 17), que não será senão uma ferramenta nas mãos de Satanás. Portanto, as palavras dos profetas vêem além desses reis ao poder dominante atrás deles, dirigindo-se a Satanás através dos seus representantes. Temos outros casos onde Satanás está assim endereçados. Em Gênesis 3:15 Satanás está endereçado através da serpente, seu instrumento e em Mateus 16:22,23 através de Pedro, em quem Cristo percebeu o espírito de Satanás.
(1) Referência a Satanás na sua condição Intacta.
"Tu és o Selador da soma, cheio de sabedoria e perfeito em formosura; estavas no Edem, jardim de Deus, toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti, foram preparados no dia em que foste criados. Tu eras o querubim, ungido para cobridor e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras fulgentes andavas. Perfeito eras nos teus caminhos desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti" (Ezequiel 28:12-15).
(2) Referência à queda de Satanás.
"Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência e pecaste; pelo que te lançarei profanado do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras fulgentes. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor, por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que a ti olhem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários. Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo que te consumiu a ti e te tornei em cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem" (Ezequiel 28:16-18).
"Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva do dia? Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações? E tu dizias no teus coração: Eu subirei ao céu, por cima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei sobre as alturas das nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo derribado serás no inferno, aos lados da cova. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como deserto e assolava as suas cidades? Que a seus presos não deixava soltos para suas casas?" (Isaías 14:12-17).
Destas duas relações parece claro que Satanás caiu pelo orgulho. Está isto em harmonia com as seguintes passagens:
Provérbios 16:18. A soberba precede a ruína e o espírito altivo a queda.
1 Timóteo 3:2,6. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível ... não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Por Ezequiel entendemos que Satanás acupava lugar muito elevado entre os anjos no seu estado intacto. "Eras o querubim ungido que cobrias e eu te estabeleci, de maneira que estavas sobre o santo monte de Deus". Notai que ele não era "um querubim ungido", mas "o querubim ungido". "Ungido" quer dizer separado como um sacerdote ao serviço de Deus. "O ungido querubim que cobre" alude provavelmente ao querubim que cobria o propiciatório com suas asas no templo (Êxodo 37:9). Isto parece indicar que o diabo era o líder da adoração angélica; provavelmente ocupava o lugar que agora é ocupado por Miguel, o arcanjo.
II. A OBRA DE SATANAS
1. O PECADO ORIGINADO NO UNIVERSO.
As passagens supra, que dão um relato velado da queda de Satanás, apontam-nos a narrativa mais antiga que temos na Bíblia sobre o pecado. Sabemos que Satanás caiu antes do homem, porquanto Satanás solicitou o homem ao pecado. "O pecado não foi uma criação mas uma origem: veio a existir pelo auxilio daquele que teve existência anterior, nomeadamente, personalidade e o poder de livre escolha. Deus não criou esse ser como o Diabo, mas como um anjo santo, o qual originou o pecado pela desobediência e se transformou no diabo ímpio que é hoje (Bancroft, Elemental Theology).
2. INTRODUZIU O PECADO NA FAMÍLIA HUMANA.
Gênesis 3:1-16. Há uma conexão íntima entre o que notamos de Isaias a respeito do diabo e o seu método de seduzir Eva. Satanás foi enxotado do céu porque disse: "Far-me-ei semelhante ao Altíssimo". Ele enganou Eva por dizer-lhe que, em vez de morrer como resultado de comer o fruto proibido, torna-se–ia ela "como Deus, conhecendo o bem e o mal".
3. POSSUI E CONTROLA O MUNDO
Jó 9:24; Mateus 4:8,9; João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:3,4; Efésios 6:12. Deus possui o mundo (Salmos 24:1), mas, como lemos em Jó 9:24, o mundo foi dado na mão de Satanás temporariamente e Satanás o domina, sujeito a tais limitações como Deus se apraz impor. Vide Salmos 76:10.
4. ACUSA O POVO DE Deus.
Jó 1:6-9; 2:3-5; Apocalipse 12:9,10. "Diabo" significa "acusador" ou "enganador".
5. TAMBÉM PROVA, ESCONDE, RESISTE E ESBOFETEIA.
Lucas 22:31; 1 Tessalonicenses 2:18; Zacarias 3:1; 2 Coríntios 12:7.
6. PROCURA OPOR-SE E ESCONDER A OBRA DE DEUS.
Mateus 13:39; Marcos 4:15; 2 Coríntios 11:14,15; 2 Tessalonicenses 2:9,10; Apocalipse 2:10; 3:9.
7. TENTA, ENLAÇA E GUIA OS HOMENS AO MAL.
1 Crônicas 21:1; Mateus 4:1-9; João 13:2,27; Atos 5:3.
8. CONTROLA E CEGA OS PERDIDOS.
João 8:44; 12:37-40; Atos 26:18; 2 Coríntios 4:4; 2 Timóteo 2:26. A cegueira em 2 Coríntios 4:4 e aquela em João 12:37-40 são o mesmo. Sua causa imediata é a depravação da natureza carnal. Diz-se que o diabo é o autor desta cegueira porque ela é o autor do pecado. Na derradeira passagem é atribuída a Deus porque é pela vontade permissiva de Deus que se concedeu ao diabo trazer o pecado ao mundo. Para mais extensa discussão desta cegueira vide o capítulo sobre a livre agencia do homem.
9. CAUSA ENFERMIDADES.
Lucas 13:16; Atos 10:38.
10. TEM O PODER DA MORTE.
Hebreus 2:14.
Mas, graças sejam dadas a Deus, toda a obra de Satanás está senhoreada pela onipotência e onisciência de Deus e é feita para operar ultimadamente para glória de Deus e para o bem dos santos. Vide Salmos 76:10; Romanos 8:31; 2 Coríntios 12:7; Efésios 1:11.
Na queda de Pedro temos um exemplo excelente de como Deus é glorificado e os santos beneficiados mesmo atravéz da tentação do diabo que atualmente produz o pecado nas vidas dos santos. A experiência de Pedro em negar a Cristo fê-lo homem diferente dele mesmo. No julgamento de Jesus ele Pedro acovardou-se ante uma criadinha, mas no Pentecostes ele topou a multidão dos crucificadores de Cristo com palavras ardentes de condenação. A queda de Pedro tirou-lhe a Fiúza em si mesmo. Assim, Satanás, buscando a completa ruína de Pedro, como ele teve a de Jó, peneirou a palha e deixou o trigo. Podemos ver também que as aflições de Satanás trouxeram no fim maiores bênçãos a Jó.
III. O DESTINO DE SATANAS
A noção comum que Satanás está agora no inferno não é correta. O mesmo é verdade da idéia de Satanás ficar sempre no inferno como o que inflige tormento sobre outros. Ele habita agora nos ares (Efésios 6:11,12), tem acesso a Deus (Jó 1:6) e é ativo sobre a terra (Jó 1:7; 1 Pedro 5:8). Mas, finalmente, Satanás será lançado no inferno.
Já notamos que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos. Na passagem seguinte temos a relação de como ele será lançado no inferno:
"E o diabo que os enganou foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde também estão a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite para todo o sempre" (Apocalipse 20:10).
Isto é para acontecer ao cabo do "pouco tempo", durante o qual é para Satanás ser solto outra vez após o milênio. Precedendo o milênio, a besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 19:20).

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.obreiroaprovado.com

DINHEIRO - BENÇÃO OU MALDIÇÃO ?


Introdução 
Paulo afirma que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males (1 Tm 1:10). Por que será que nenhuma sociedade escapa dos grandes males criados pelo sucesso? A resposta estaria no fato que o narcisismo acaba minando todos os valores. O servo desta preocupação com nosso bem-estar é o dinheiro que tem a força para nos captar em sua rede, ainda que de outro modo que um animal que é capaz de tirar sua própria perna para se libertar de uma armadilha. Não ignoramos que o dinheiro é um valor que pode abençoar quem recebe ou dá. Paulo escreveu em sua Segunda Carta aos Coríntios sobre a importância do dinheiro para socorrer os necessitados (capítulos 8 e 9). Queremos entender melhor o que a Bíblia tem para nos dizer a respeito desta tão útil e perigosa ferramenta para fazer o bem como o mal.  

A Bênção do Dinheiro Quando Deus criou o homem, o abençoou e deu a ele o privilégio de dominar, mas sempre como mordomo do Senhor (Gn 1:28). Apos a queda, o desejo pelo domínio cresceu e rapidamente a humanidade se esqueceu da responsabilidade de usar as coisas materiais para a glória de Deus e para o bem de todos. Quando Jesus ensinou que é mais abençoado dar do que receber (Atos 20:35), fica sem dizer que é necessário receber primeiro para poder dar. A fonte de tudo que recebemos é Deus. Sua generosidade se manifesta todo dia em que Ele providencia as condições para produzir produtos de toda espécie para manter a vida, além de tudo que seja útil para manter a proteção e conforto. Toda atividade econômica depende do Criador que supre as condições necessárias para realiza-la. Deus nos criou para gozar de vida corpórea e espiritual. Posses devem sustentar a vida do corpo – casa, alimento, transporte e fornecer mil outros produtos. Os livros que comunicam a verdade eterna às nossas mentes são apenas um exemplo. Paulo refere-se à bondade de Deus ao declarar para o povo de Listra, “não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria” (At 14:17). A benção de Deus sobre o mundo material, em benefício do homem, é um sinal do amor de Deus por todos. Dinheiro fornece um meio eficiente para distribuir os benefícios doados por Deus e repassar a fartura para os necessitados. Jesus confrontou o jovem rico com a surpreendente declaração que somente vendendo tudo que tinha e dando o resultado aos pobres, teria o privilégio de ser Seu discípulo e ganhar a vida eterna (Mc 10:21). A benção seria rejeitar o amor ao dinheiro e em seu lugar alcançar um amor real pelo próximo. O sacrifício material no tempo presente garantiria a benção maior no futuro – “terás tesouro no céu”. O galardão que aguarda todos que ajuntam tesouros no céu é glorioso e seguro (aí não há ladrões, nem qualquer tipo de destruição de perda, Mt 6:20). “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (v. 21) Fica eminentemente claro que a única maneira de mandar riqueza para o céu é usando dinheiro para beneficiar os necessitados; pode ser materialmente ou espiritualmente. Dar generosamente aos necessitados é o melhor de todos os investimentos. Seu retorno será grande e sua felicidade eterna. 

A Maldição do Dinheiro O apego aos valores materiais assedia a maioria dos homens. Possuir dinheiro e tudo que ele pode comprar dá satisfação e segurança. O desejo de adquirir mais do que necessitamos, alimenta o egoísmo natural que faz parte do mundo que a Palavra de Deus nos proíbe amar (1 João 2:15). O avarento não tem herança no reino de Deus (1 Co 6:10). “O amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1 Tm 6:10). Basta notar a freqüência de notícias de corrupção nos altos escalões do governo, para perceber que dinheiro é uma forte fonte de tentação. A maldição das posses é muito sutil. Poucas pessoas reconhecem o seu perigo. A maioria pensa que ganhar mais dinheiro demonstra a benção de Deus sobre a vida. Nalguns casos é verdade. Mas, na realidade, a falta de dinheiro pode ser o caminho da benção, porque humilha, rebaixando os homens ao nível de mendigos. Tornam-se dependentes da graça de Deus, e alvos do amor dos irmãos na fé. A maldição invade nossas igrejas se não há generosidade. A prática da igreja de Jerusalém não nos incentiva a cuidar dos órfãos e viúvas, mesmo diante da declaração que “religião pura e sem mácula” é cuidar dos órfãos e viúvas (Tg 1:27). Um dos casos bíblicos mais impressionantes relata a conseqüência maldita da mentira de Ananias e Safira (Atos 5:1-11). Este casal crente, da igreja de Jerusalém, vendeu uma propriedade. A avareza os levou a concordar em reter uma parte do preço e oferecer a Deus o resto. Mentiram, afirmando que a quantia depositada “aos pés dos apóstolos” era o preço todo. O resultado foi a morte sumária dos dois. Por que? Não foi porque não ofereceram tudo para o Senhor, mas porque mentiram, desejando apresentar-se mais desprendidos do que na realidade foram. Outra surpresa na Palavra é descobrir que é possível distribuir todos os bens entre os pobres sem amor (1 Co 13:3). Se assim for, não há proveito nenhum para o doador. Com isto Deus quer nos ensinar que podemos dar com motivos errados. Sacrifício material, sem amor, não agrada a Deus e não acarreta benefício algum para o doador. Seguramente muitos filantropos oferecem somas grandes para acolher aos necessitados, mas eles não recebem nenhum proveito diante do Juízo do universo. Joan Kroc, herdeira da fortuna da cadeia mundial de lanchonetes McDonald’s, doou ao Exército de Salvação de San Diego, na Califórnia, 80 milhões de dólares. No juízo final será revelado se a Sra. Kroc terá algum benefício em troca desta razoável oferta. 

Conclusão O privilégio de ser mordomos de Deus, pelo uso das riquezas deste mundo, deve nos segurar diante da tentação da avareza. A maldição do dinheiro somente se transforma em benção quando o Espírito Santo produz o seu bendito fruto em nossas vidas. Esse fruto é amor e benignidade (generosidade) (Gl 5:22). Vence-se a maldição por meio do Espírito de Cristo que cria uma vida em benefícios dos outros em lugar do narcisismo feroz.

Russel Sheed

OBJEÇÕES À INSPIRAÇÃO VERBAL

Cap 4 - Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica

OBJEÇÕES À INSPIRAÇÃO VERBAL

São muitas e variadas as objeções trazidas contra a inspiração verbal. Não tentaremos notá-las todas, mas tomaremos apenas algumas das mais comuns; confiando que a nossa discussão indique quão razoável e facilmente se possa dispor de toda outra objeção.
Estas objeções concernem:
I. CÓPIAS E TRADUÇÕES FALÍVEIS
1. OBJEÇÃO APRESENTADA
A primeira objeção que consideraremos pode ser apresentada assim: "De que valor é a inspiração verbal das cópias originais da Escritura, uma vez que não temos essas copias originais e desde que a grande maioria do povo deve depender de traduções das línguas originais, traduções que não podem ser tidas como infalíveis?"
2. OBJEÇÃO RESPONDIDA
(1) Esta objeção é correta em sustentar que as traduções das línguas originais da Escritura não podem ser tidas como infalíveis.
Em nenhum lugar Deus indica que os tradutores foram poupados ao erro. Inspiração verbal quer dizer a inspiração das cópias originais da Escritura.
(2) Esta objeção é também correta em afirmar que não temos uma só das cópias originais de qualquer parte da Escritura.
(3) Mas esta objeção não prevalece contra o fato da inspiração verbal: ela só questiona o valor da inspiração.
(4) E a objeção esta errada ao supor que uma cópia admitidamente imperfeita de um original infalível não é melhor do que a mesma espécie de cópia de um original falível.
É mesmo melhor ter uma cópia imperfeita de um original infalível do que ter uma cópia perfeita de um original falível.
(5) A objeção está errada outra vez ao implicar que não temos uma cópia do original substancialmente exata.
Por meio de uma comparação das muitas cópias antigas dos originais da Escritura, a crítica textual progrediu a tal ponto que nenhuma dúvida existe quanto a qualquer doutrina importante da Bíblia. Enquanto que Deus não nos conservou as cópias originais (e Ele deve ter tido boas razões para não fazer assim), Ele nos deu uma tal abundância de cópias antigas, que podemos, com notável exatez, chegar à leitura dos originais.
(6) E o estudo do hebraico e do grego progrediu a tal ponto, e este conhecimento se tornou proveitoso mesmo ao povo comum, de tal modo, que todos podem ficar seguros do significado da língua original em quase todos os casos.
II. SALMOS IMPRECATÓRIOS
Outra objeção se traz contra o que é conhecido por "salmos imprecatórios".
1. OBJEÇÃO APRESENTADA
Diz-se que o salmista "brada indignadamente contra os seus opressores", e que o achamos usando linguagem "que seria imprópria nos lábios do Senhor", linguagem, é-nos dito, em que descobrimos "traços de prejuízo e paixão humanos". Tais são as objeções levantadas por J. Patterson Smith em "How God Inspired The Bible" (Como Deus inspirou a Bíblia).
O objetor esta errado aqui ao assumir que os salmos imprecatórios de Davi expressam o sentimento pessoal de Davi contra os seus inimigos meramente por causa do que eles lhe tinham feito. Davi era o suave cantor de Israel e não se dava a manifestações de amargura e vingança pessoais. Notai sua atitude principesca para com Saul ainda mesmo quando Saul buscou sua vida sem nenhuma lícita razão.
2. CASOS ESPECÍFICOS CITADOS PELO OBJETOR
(1) "Ó Deus, quebra-lhes os dentes nas suas bocas" (Salmos 58:6).
Um estudo deste salmo revela que as palavras supra não se referem aos inimigos pessoais de Davi, mas aos injustos em geral. Davi estava aqui só articulando a indignação d’Aquele que "odeia todos os obradores de iniqüidade" (Salmos 5:5). E notai que aqui nada se diz como de Davi sobre este juízo ser infligido imediatamente. Aqui só temos a sanção inspirada de Davi do julgamento final de Deus sobre os ímpios. Isto está evidente de uma comparação do Salmo 58:9-11 com Apocalipse 19:1-6. Nestas passagens temos a profecia e o seu cumprimento.

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