Estrategias de Pregacao e Evangelismo Segundo Jesus Cristo





Jesus Cristo o evangelista

Os evangelhos relatam a história de Jesus e a história de Cristo é a na realidade a história da missão de Cristo. Alguém já disse que: “o Novo Testamento é mais teologia em ação do que teologia em razão e conceito. Ele é teologia missionária” (George W. Peters. Teologia Bíblica de Missões, p. 160). Logo na apresentação de Cristo quando criança no templo foi profetizado sobre Ele que seria luz de todos os povos, pois era a salvação (Lc. 2.28-32).
Em toda sua vida Jesus executou a missão. Mas, não só executou como também deixou exemplo para que os seus seguidores, chamados discípulos, aprendessem com Ele e repetissem a sua prática. O Senhor Jesus encarnou a missão em si, viveu e morreu a missão. A consciência missionária não foi algo que Ele adquiriu pelo estudo das Escrituras, ou porque algum pregador famoso lhe fez ver sua responsabilidade. Missões era algo que emanava do Seu ser, Sua vida era isso. Ele disse: “minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo. 4.34).
Neste capítulo o nosso propósito é justamente olhar a vida de Cristo, e tirar exemplos de sua maneira de fazer missões. Portanto, para executar o trabalho de evangelização, vamos aprender com o maior missionário do mundo.

Como Jesus pregava.

Quando se estuda Teologia, especificamente a pessoa de Jesus, chegamos a um assunto chamado “os ofícios de Cristo”. Nesse tema se diz que Cristo era Sacerdote, Profeta e Rei. A missão de Cristo está ligada a seu ofício de profeta. Explicando: Ele era profeta; a Bíblia diz que Ele foi o cumprimento de uma predição de Moisés (Dt. 18.15, veja também At. 3.22). O profeta é o homem da palavra, o instrumento de trabalho do profeta é a palavra. Jesus como profeta traz a mensagem do Pai (Mt. 17. 5; Jo. 8. 26-28; 12. 49-50), e esta mensagem Ele proclamava ao povo e aos seus discípulos mais próximos (Mt. 4.17; e capts. 5-7). Ele entendeu perfeitamente Sua missão de profeta e foi um evangelista, e disse isso de forma clara usando o texto de Isaias 60. 1-2 como está em Lucas 4. 18-19.
Agora como Jesus exercia esse oficio de profeta, proclamador da mensagem divina? Ele servirá de modelo para nossa evangelização. Vejamos:

a)   Era claro quanto ao pecado. Na pregação de Cristo o pecado era uma doença. Ele não procurava palavras suaves para falar desse mal (Mt. 9. 12-13; Mc. 7. 20-23) E o escape dessa doença só acontecia para aqueles que se dessem conta dela, entendessem seu pecado sem subterfúgios. Para que aja entendimento é preciso clareza na explicação.

A verdade a respeito do evangelho segundo Jesus é que as únicas pessoas aptas a serem salvas são aquelas que compreendem que são pecadoras e desejam arrepender-se. A chamada de Cristo se estende tão somente ao pecador que, em desespero, compreende a sua necessidade e deseja uma transformação. O Senhor veio para salvar pecadores, porém, àqueles que não querem admitir seu pecado, Ele nada tem a dizer- a não ser pronunciar sua sentença (John MacArthur. O Evangelho Segundo Jesus, p. 87).

E quem O aceitasse deveria abandonar seus pecados (Jo. 5.14; 8.11).

b)   Chamava para conversão. O ministério evangelístico de Jesus pode ser resumido no texto de Marcos 1. 14-15. Ele passou a vida fazendo missões, e fazia isso chamando as pessoas à conversão, o que envolve arrependimento e fé. Timóteo Carriker escreve:

O chamado para a conversão é parte essencial da missão de Jesus de salvação. Implica em transformação, metanoia (mudança de mente) (Lc. 22.47; 3.3; 5.32; 15.7, 9, 32). As exigências do discipulado são uma forma intensiva deste chamamento à metanoia. Os candidatos para o discipulado devem calcular o custo e reconhecer a necessidade de renunciar todo obstáculo para o compromisso completo antes de embarcar no caminho do discipulado (Lc. 14. 25-33) (O Caminho Missionário de Deus, p. 216).

Esta exigência de arrependimento (Mt. 11.28), está atrelada a fé (Jo. 6.35), que por sua vez está atrelada a submissão ao senhorio de Deus (Mt. 11. 29-30), ou seja, o discipulado.

c)    Explicava o caminho do Novo Nascimento. Jesus não perdia oportunidade de fazer missões. Nicodemos foi até Ele para elogiar seu ministério, mas sem deixar o momento passar Cristo anuncia-lhe o Novo Nascimento (Jo. 3.1-6). Quando ele ficou sem entender Jesus lhe explicou o único jeito de aquilo acontecer (Jo. 3. 9-18). Cristo lhe informou que só quando aceitasse Aquele que falava com ele (Jesus), como o crucificado, levantado no madeiro; como o sacrifício pelo seu pecado, ele nasceria do alto. Era a aceitação não do profeta, mestre, homem fazedor de milagres, que faria a diferença. Nicodemus já conhecia tudo isso e continuava morto. O que o faria ter vida era aceitar o sacrifício de Cristo no seu lugar, antes de tudo ele deveria entender o objetivo da morte de Jesus.

d)   Desafiava os interessados. Jesus nunca escancarou a porta da salvação como muitos pensam, mas antes dificultou (Mc. 4. 10-12; 10. 17-27; Jo. 6. 60-68). Hoje muitas igrejas têm quase levado pessoas a força para “aceitar Jesus” (algumas até levam), e o resultado disso é uma geração sem testemunho, sem frutos espirituais. Não, não é culpa destes falsos cristãos, mas sim, da igreja que maqueou a barateou mensagem da salvação ao preço de uma famosa oração “repita comigo”, e assim têm muita gente membro da comunidade, mas que nunca foi convertido, apenas atendeu a um apelo choroso, e entraram no clube. Na pregação de Cristo o interessado era desafiado a calcular quanto custava segui-Lo. E só faria isso se fosse realmente convertido, se não, quando soubesse das exigências abandonaria o caminho (Jo. 6. 25-67). Por isso o evangelista nunca pode enfeitar suas palavras, fazer promessas de bênçãos sem saber, apenas para angariar pessoas para a igreja. Não. Pregue o Evangelho sem máscaras, mostre o prós e os contras, as alegrias e as dores, e deixe que o Senhor faça a obra.

e)    Era estratégico. Jesus tinha estratégias ao abordar as pessoas para evangelizá-las. Um grande exemplo é a mulher de Samaria (Jo. 4. 1-26). Aqui, sem fazer distinção por essa mulher não ser do seu povo (Israel), e pertencer a um povo discriminado (Samaritanos, Jo. 4.9), Ele não chega para ela que tinha tido muitos homens e uma vida desregrada falando palavras duras, acusando-a de seus pecados. Ele começa a conversa usando a situação; ela havia ido buscar água, Ele estava com sede, é daí que principia a conversa que vai desembocar na “água da vida”. Jesus nos mostra com isso que o uso da técnica certa sempre dá bons resultados na evangelização. Quem nunca leu Suas parábolas, quando usando eventos do cotidiano de seus ouvintes Ele lhes falava do evangelho (Mt. 13)? O evangelista deve observar a situação da pessoa a quem prega, o seu contexto, sua cultura, e usar isso para explicar a mensagem. A mensagem NUNCA pode ser mudada para se adequar às pessoas, mas a forma de comunicá-la sim.

f)    Não discriminava. Em toda a Sua vida de missão Jesus pregou para mulheres o que era proibido na sua época (Jo. 4.1-26; Lc. 10. 38-42), gentios, publicanos, e toda sorte de pessoas que havia no Seu contexto geográfico (Mt. 8. 5-13; 9.10; Mc. 7. 24-30; Lc. 19. 1-7). Não rejeitava ninguém. Ele até foi condenado por andar com essas companhias (Mt. 11. 19).  Essa atitude do Mestre é para ensinar que na obra de missões não pode haver escolha, todo ser humano é um ser digno do evangelho, viva onde for, seja quem for.



Quando Jesus pregava.

É muito importante notar o uso do tempo na vida de pregação de Jesus Cristo.

a)   Em todo tempo. A vida de Cristo foi uma vida na missão como já foi dito aqui. Quando alguns escritores do NT fazem um resumo do Seu ministério, sempre dizem que Ele vivia pregando. Observe: Mt. 4.23; 9.35; Mc. 1.14-15, 39; At. 10.38. Jesus não perdia tempo, não esperava bom tempo, ele fazia o tempo.

b)   Com urgência. Existia um senso de urgência em Jesus quanto ao anuncio do Evangelho. Ele tinha consciência de seu chamado para este ministério (Lc. 4. 42-43), e o desempenharia com abnegação. E esse senso Ele tentava incutir nos seus discípulos (Jo. 9.4). Cristo não esperava tempo bom, Ele cavava as oportunidades. Quais os nossos passatempos habituais? Eles atrapalham a missão? Se são empecilho e tempo gasto em vão podem ser um sinal de que não estamos fazendo a vontade de Deus no quesito missões.


Onde Jesus pregava.

O modelo missionário de Jesus é completo. Durante toda sua vida Ele com sua prática demonstrou o jeito, a quantidade, e os lugares onde seus discípulos deveriam pregar. Veja o exemplo disso no texto de Mateus 9. 35. Aqui Mateus diz que Ele percorria. O tempo do verbo usado mostra que isso não era algo esparso na vida do Mestre, mas era algo corriqueiro, Ele fazia sempre assim (Mt. 4.23; Mc. 1.39). Missões era o seu dia a dia. Onde Ele fazia isso?

a)Todas as cidades. Esta expressão mostra que o campo de ação de Jesus era o todo. Ele não fazia uma ação sim e outra não. O Seu serviço não era pela metade. Se todas as cidades precisavam do evangelho, Ele iria a todas.

b) Todas as aldeias. Na época aldeias eram pequenos povoados sem expressão. Era lugar de gente pobre. Mas, estes locais também eram objeto da ação missionária de Jesus, porque o missionário não pode escolher lugar. O determinante para quem faz missões ir a um local é se ali existem pessoas precisando ouvir sobre a salvação em Jesus. Na missão não pode haver discriminação. Será que ainda escolhemos a quem e onde pregar, ou estamos indo a todos os lugares e pessoas sem exceção?


Os apóstolos e a Igreja Primitiva

Estudando como Jesus evangelizava devemos perguntar agora sobre esta prática na Igreja Primitiva.  O relato autorizado destes fatos nos foi deixado pelo médico Lucas no livro de Atos. Nesta obra o doutor e companheiro de Paulo em algumas caminhadas de pregação, nos conta como a Igreja cumpria sua missão, e como se desenvolvia a partir desse trabalho missionário.
Acreditando que o melhor método de fazer o serviço de Deus é o que Ele mesmo ensina, vamos observar os primeiros cristãos, que dirigidos por Ele e no poder do Espírito Santo, espalharam o evangelho e invadiram boa parte de seu mundo (At. 5.28; 6.7; 17.6), mesmo sem ter a tecnologia e os recursos de hoje. Será que esses cristãos tinham algum segredo? O que e como eles pregavam para fazer tanto sucesso? Vamos descobrir.


O poder para missões

a)   Eles pregavam no poder do Espírito. O livro de Atos dos apóstolos mostra de saída algo que tem passado despercebido no mundo cristão atual: a função do poder do Espírito Santo. Procura-se muito sinal e poder na igreja atual sem notar que esse poder foi concedido justamente com o objetivo missionário (At. 1.8). Os dons e poder do Espírito segundo o relato de Atos são recebidos e usados para o impulso da obra de missões, não para demonstrações gratuitas, rivalidades, ou autopromoção, ou soluções de problemas pessoais (Veja: At. 2.1-4, 14ss; 3.1-8; 4.8-10,31; 6.3-8; 7.1ss; 8.4-8; 9. 40-42; 13.9-12; 18.24-28; 19.11-20). O que fica também muito claro pela leitura que a ousadia dos missionários vinha do Espírito.

b)   Eles pregavam na dependência do Espírito Santo. Outra coisa que é bem presente nos relatos missionários da Igreja Primitiva é que além de necessitar do poder do Espírito, ela era completamente dependente dEle. Quando Jesus diz que a Igreja seria missionária, também diz que só seria após o recebimento do batismo com o Espírito (Lc. 24.45-49; At. 1.5,8; 2.1-4). Assim, o Senhor coloca a obra de missões em direta dependência do Espírito; sem Ele não haveria missões (Veja: At. 4. 24-31).

c)    Eles faziam sinais e prodígios. O relato de Atos também mostra que a pregação do Evangelho era permeada de sinais e prodígios. Isso porque o evangelho não é apenas palavras, também é experiencial. D. Martyn Lloyd-Jones escreve:

Alguns só dão ênfase a “Palavra”; são os intelectuais. “Ah”, dizem eles; “nada importa senão a Palavra”. Passam o tempo lendo e estudando e se tornam autoridade em teologia e em doutrina. O resultado é que se tornam orgulhosos em seu grande conhecimento, e podem conquistar admiração de outros, que se juntam a eles, mas isso nada é senão uma pequena sociedade de admiração mútua. Ninguém é convertido; ninguém é convencido do pecado- cabeças lotadas de conhecimento e entendimento- inutilidade! (Cristianismo Autêntico, vl. 2. p. 260).

            O Espírito e a Palavra sempre devem andar juntos. Esta é a regra do NT. Palavra sem o Espírito gera intelectualismo árido e insuportável; Espírito sem a Palavra gera fanatismo anticristão escandaloso. O modelo da Igreja era dependência do Espírito e evidências do Seu poder para anunciar a Palavra. Devemos ter nossa fé renovada a cada dia e orar para que o Espírito de Deus continue usando os anunciadores do Evangelho com sinais e prodígios, era assim que a Igreja do NT fazia missões.

Os sermões de Atos falam da graça incansável de Deus e a necessidade de responder-lhe pela conversão do coração (2.38; 3.19; 5.31; 10.43; 11.18; 13.38-39; 16.30-31; 20.21; 26.18-20). A mensagem de salvação também é proclamada pelo ministério de cura da comunidade, como o foi para Jesus (2.42; 3.1-10; 5.12-16; 9.32-35,36-42; 14. 3, 8-10; 16. 16-19) (Timóteo Carriker. O Caminho Missionário de Deus, pp. 231-232).


A Consciência Missionária.

            Algo que salta aos olhos quando estudamos a história da Igreja em Atos é a consciência missionária dos cristãos da época. Se tivermos uma frase para resumir o que aqueles crentes faziam, é que eles pregavam. Pregavam ao ponto de incomodar até as autoridades (At. 4.1-4; 5.17-33). Não era a maior religião da região, não eram muitos, nem ricos, mas fizeram uma grande obra em Jerusalém e vizinhança, de modo que os quase 3.000 do inicio (At. 2.41), já são quase 5.000 em Atos 4.4, e cresce de novo em Atos 5.14, e continuam crescendo em Atos 6.1 e 9.31. Os missionários são itinerantes e pregam diante de tudo. Eles tinham consciência do propósito de sua existência.

a) Eles pregam na bonança. Nos momentos bons, sem perseguição, o que foram poucos, diga-se de passagem, a Igreja pregava. Aproveitavam os bons dias para espalhar a mensagem já que não tinham impedimentos e com isso a Igreja crescia ainda mais (At. 9.31).

b) Eles pregavam na perseguição. A coragem dos missionários é latente. Diante das perseguições das autoridades religiosas da época eles não tinham medo, mas coragem. Os apóstolos perseguidos pregavam (At. 5.17-41). Estevão preso pregava (At. 6. 12-7.6); os cristãos da Igreja em Jerusalém sofrem grande perseguição, mas como resposta pregam (At. 8.1-4); o apóstolo Paulo viaja e sofre perseguição em vários lugares mas continua a pregar (At. 13. 49-14.1-7, 19-21; 16. 16-17.3; 18.12-19; 19. 23-31; 20.1-7; 21. 30-22.1; 23. 1-11; 24. 10-21, 24; 26. 1-29; 28. 17-31). Nada os parava.

c) Eles pregavam diante dos problemas cotidianos. Os problemas do dia a dia como: desentendimentos na igreja e pessoais, não eram motivos para que os missionários parassem a obra. Em Atos 6.1-4 temos um problema entre irmãos na comunidade, a liderança escala algumas pessoas para resolver, mas continuam no ministério de pregação da Palavra. Em Atos 15. 36-41 acontece uma discussão séria entre os missionários Paulo e Barnabé, mas o que poderia ser motivo para atrapalhar a missão serve de estratégia. Eles dois (Barnabé e Paulo) faziam junto uma frente missionária, após a discussão se separam e criam duas frentes missionárias (Barnabé e Marcos, Paulo e Silas). Problemas aparecem, mas não podem atrapalhar a missão. A consciência missionária desses irmãos estava acima de tudo, nada os tirava do foco.


O conteúdo da pregação

            Alguns aspectos da pregação dos missionários no NT devem ser notados; o jeito de levar a mensagem e o conteúdo que ela deve observar.

a)   De quem é a mensagem. O missionário parte com um livro de onde tira sua mensagem: a Bíblia.

Nossa mensagem vem da Bíblia. Mas quando buscamos na Bíblia a nossa mensagem, imediatamente nos confrontamos com um dilema. De um lado, a mensagem nos é dada. Não temos permissão de inventá-la; ela nos foi confiada como um “depósito” precioso, que nós, como servos fiéis, devemos guardar e distribuir à cada de Deus (1Tim. 6:20; 2Tim. 1:12-14; 2Cor. 4.1-2) (John Stott. A Bíblia na Evangelização do Mundo, em Missões Transculturais, p. 3).

            Por isso grande parte dos sermões registrados em Atos são todos baseados na Palavra de Deus e citam muitos textos do AT (At. 2. 14-40; 3.12-26; 4.5-12; 7.2-53; 13.16-41; 15.13-21; 28.17-29). A mensagem pode ser transmitida de várias formas, mas nunca trocada ou adulterada.

b)   O que diz a mensagem. Os missionários do NT também são convictos que os temas da missão são cristocêntricos. O que eles pregavam era: Jesus deveria sofrer e ressuscitar, mostrando o que Deus faz para redimir o pecador (1Co. 15. 1-4). O arrependimento e a expiação dos pecados devem ser pregados às nações em nome de Cristo. Esta doutrina do perdão é uma das fundamentais no cristianismo. Cristo como Filho de Deus, libertador, encarnado, crucificado, ressuscitado, juiz e o único objeto da fé para a salvação, eram os temas revividos pelos pregadores na caminhada missionária no NT (At. 2. 14-36; 4.8-12; 7.1-53; 10. 34-43).

...essa é a mensagem cristã: que todos nós precisamos ser libertados da culpa, da escravidão, do poder e do cativeiro do pecado, e que é unicamente Cristo que pode libertar- nos. Esse é o plano de Deus, determinado e visado antes da criação do mundo (D. Martyn Lloyd-Jones. Cristianismo Autêntico, vl. 1, p. 64).

Portanto, o centro deve ser sempre Jesus Cristo e sua obra em prol do pecador.

Tendo estudando tudo isso algumas coisas precisam ser lembradas por você Evangelista.

a)      A chamada de Cristo a todos os seus servos é para pregar o Evangelho. Todo cristão é um missionário, e, portanto, deve viver a vida fazendo a missão. Jesus quando formou seu grupo de discípulos levou-os a pregar (Mt. 9. 35-38; 28. 18-20; Lc. 10. 1-20), e disse que a missão dos que ficassem após sua morte seria pregar (Lc. 24. 45-49; At. 1. 5, 8). Assim, é mais que claro que quem se diz crente e não é um missionário está vivendo uma contradição, vai contra a própria natureza do nome cristão.

b)     O evangelho de Jesus visto no NT não é o mesmo veiculado pela maior parte da geração atual. Hoje o que se prega “é um calmante açucarado para tranquilizar os pecadores mais do que para convertê-los. O evangelho segundo Jesus é exatamente o oposto” (John MacArthur. O Evangelho Segundo Jesus, p. 177). Todo evangelizador deve ter em mente que as exigências da mensagem cristã não podem ficar de fora.

c)      Jesus tinha um sendo muito apurado da urgência da evangelização (Lc. 4.18-19, 42-43) e por isso passou a vida indo as cidades e aldeias fazendo a missão sem escolher tempo, pessoa ou lugar. Não falemos em missões se não fazemos o dever de casa.

d)     O segredo da força que a Igreja Primitiva tinha em fazer missões não eram métodos atrativos especiais, ou técnicas hollywoodianas. Eles tinham uma diferença sim, mas era poder e consciência do seu dever. Aqueles cristãos sabiam que o Reino de Deus irrompeu na história; sabiam que única agência autorizada de propagação desse reino era a Igreja, e que eles foram estabelecidos para isso. Não poderiam ser contra sua própria natureza. Aqueles cristãos tinham um Mestre, e seu mestre havia dito que enquanto estivessem aqui proclamassem seu evangelho, fossem suas testemunhas. Assim, a razão de existirem era pregar, não poderiam fazer outra coisa (At. 4.20). Sabiam que teriam o maior poder do mundo com eles, o poder do Espírito Santo.


e)      A Igreja moderna não faz missões como deveria porque não sabe quem é, ou para que está aqui; não conhece o poder do Espírito Santo, nem o seu objetivo, por isso qualquer coisa lhe tira o foco. Cabe a cada um de nós arrependimento, busca do poder de Deus e disposição para cumprir a missão. Deus continua o mesmo, poderemos dizer o mesmo de seus missionários hoje?



Por Joelson Gomes

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