VIVER A VIDA
Rev. Rogerio Santos de Mattos
INTRODUÇÃO
Não é somente agora que percebemos a forma como os autores das novelas da Rede Globo fazem uso destes meios chamados de propagadores de cultura, como instrumento de propagação de um estilo de vida livre, que fere os valores cristãos norteadores da conduta da nossa sociedade até tempos recentes.
Mas, é digno de nota, a forma como o adultério vem sendo apresentado nos recentes capítulos da novela Viver A Vida, principalmente através das condutas das personagens Gustavo e Betina, Marcos e Helena. Pois através do comportamento adúltero das personagens masculinas (Gustavo e Marcos), o autor da novela defende perante os telespectadores da novela o direito de adulterar das personagens femininas (Betina, casada com Gustavo; e Helena, casada com Marcos).
Por meio desta temática, desenvolvida na novela, podemos perceber as inversões de valores apresentadas na telenovela global: Pureza sexual (valor cristão)-----promiscuidade (antivalor)-------liberdade sexual (novo valor). (fonte: Rev. Alexandre de Jesus dos Prazeres em: www.vozdareforma.blogspot.com).
A deturpação de valores não está somente naquilo que se prega por meio dos capítulos da trama, mas nos sentimentos degenerados que conduzem os personagens a uma conduta adúltera.
SENTIMENTOS CORROMPIDOS
Promiscuidade – Por definição entendemos esta palavra como a convivência chocante de pessoas de sexo diferente e de condições sociais diversas; mistura confusa e desordenada de seres no mesmo ambiente; perversão de sentimentos. No caso do objeto de nosso estudo, promiscuidade seria definida como relacionamento confuso e perverso baseado em envolvimento sem regras e normas.
Sendo assim, os personagens buscam, incessantemente, os prazeres que satisfaçam os seus desejos carnais. Para esses personagens da novela vale a máxima popular: Ninguém é de ninguém!
Egoísmo – O tipo de família descrita pelo autor Manoel Carlos é caracterizada pelo passageiro. Como diria Vinícius de Moraes: O amor seja infinito enquanto dure! O casamento é algo que existe enquanto não surge outro "amor"; com o nascer de um novo amor, todos os compromissos assumidos diante de Deus desaparecem e o compromisso de viver como família, em qualquer situação, não existe mais em nome da minha felicidade. O compromisso das personagens não são com as pessoas com quem elas vivem, mas, unicamente, consigo mesmos. Estes dois fatores levam, automaticamente, ao adultério.
RAIZ DO PROBLEMA
Romanos 1:28-31
28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
A raiz de todos esses males é o pecado na vida do homem o qual se encontra debaixo do juízo e da ira de Deus. Esta geração se encontra incrédula e distante de Deus e sem medo de demonstrar sua insatisfação com os valores cristãos, passando a viver de acordo com os padrões definidos pelos meios sociais e pessoais.
A ORIENTAÇÃO DAS SAGRADAS ESCRITURAS
A FAMÍLIA É CONSTITUÍDA COM COMPROMISSO
Genesis 2:24 Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne; Genesis 3:16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
Antes da queda e depois da queda, Deus fez o homem para a mulher e a mulher para o homem. No pensamento divino de família não há espaço para um terceiro parceiro. Uma vez casado, as prioridades do homem e da mulher mudam. Os compromissos assumidos diante de Deus um para com o outro passam a ser as maiores preocupação (respeito, cuidado, fidelidade, companheirismo, etc). Essa é a linguagem do compromisso de Aliança. Em nenhum outro momento os seres humanos são mais parecidos com o Deus que guarda a Aliança do que quando se comprometem em aliança uns com os outros. O casamento representa o relacionamento de Deus com o seu povo. A total união e a profunda solidariedade do relacionamento conjugal indicam a intenção de Deus de que o casamento seja monogâmico (Bíblia de Estudo de Genebra, 2ed. 2009, p. 14). A Confissão de Fé de Westminster nos diz no capítulo XXIV, Seção I: O casamento deve ser entre um homem e uma mulher; ao homem não é lícito ter mais de uma esposa, nem à mulher mais de um marido, ao mesmo tempo (Gn 2.25; Mt 19. 4-6; Rm 7.3).
O ADULTÉRIO É CONDENADO
Mateus 19:7-9 7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? 8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. 9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.
Ao falar acerca do divórcio, Jesus deixa claro que o adultério é condenado e condenável. A pergunta feita pelos fariseus nos versos de 3-7 pode refletir a opinião do rabi Hillel, do qual é dito que permitia o divórcio até mesmo por razões irrelevantes com base em Dt 24. 1-4. Ele recebia a oposição de outro rabi, Shammai, que argumentava que somente a indecência grave dava margem para o divórcio. A resposta de Jesus a essa questão transcende essa discussão casuística de Deuteronômio.e volta à ordem da criação (Gn 2.24). Jesus vê o divórcio como uma negação fundamental da ordem criada por Deus e da natureza da instituição casamento. Todo casamento legítimo é "selado no céu e, então, inviolável. Quando ouviram a resposta de Cristo, os fariseus acharam que podiam pegá-lo em contradição e fazem a pergunta do verso 7. Cristo, então, Mostra que Moisés não estava dando razões para o divórcio em Dt 24. O texto veterotestamentário consiste numa longa declaração introdutória de "se(s)" terminando com a proibição de um homem casar-se novamente.
Sendo assim, para Jesus, casar-se novamente depois do divórcio, não estando dentro da exceção estabelecida em Mt 5.32, comete adultério. A idéia é que aos olhos do Senhor um casal, erroneamente, divorciado ainda está casado. Casar-se sob tais condições constitui adultério porque isso coloca os parceiros divorciados em relações sexuais com pessoas de fora dos laços maritais que existem entre eles (Bíblia de Estudo de Genebra, 2ed. 2009, p. 1259). Os casais da novela, aos olhos de Deus, estão casados e, portanto, com o tipo de vida que levam, estão em franco desagrado a Deus, aos seus valores e em constante adultério.
CONCLUSÃO
A minha mensagem ao povo de Deus, em especial, termina com a exortação do Apóstolo Paulo feita aos Coríntios, na sua primeira carta:
1 Coríntios 6:12 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
1 Coríntios 10:23 - Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.
O meu apelo é para que o povo de Deus saiba usar o discernimento que o Senhor lhes deu e a coragem para dizer não aos novos valores impregnados de pecado e rebeldia as Sagradas Escrituras. Portanto, que o povo de Deus saiba viver a vida de acordo com os padrões cristãos e ao lado de Cristo, o único que faz a vida valer a pena!
Haja paz em cada alma!
I. P. Roçadinho - BA
=-X
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