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Breve Histórico IPB

Capítulo 1 ____________

Quem somos e de Onde Viemos?
Uma das coisas mais importantes para todo grupo é ter uma consciência clara da sua identidade e objetivos. A identidade tema ver com as raízes, a história, as características distintivas. Os objetivos são uma decorrência disso: à luz das raízes, da identidade, das convicções básicas, serão estabelecidos os alvos, as prioridades, as maneiras de ser viver no mundo. Isto se aplica perfeitamente aos presbiterianos. Todavia, ocorre que muitos presbiterianos ignoram a sua identidade, não sabem exatamente quem são, como indivíduos e como igreja. 
Não conhecendo as suas origens —históricas, teológicas, doutrinárias — eles têm dificuldade de posicionar-se, quanto a uma série de questões e de definir com clareza os seus rumos, as suas prioridades. Muitas vezes, quando questionados por outras pessoas quanto a suas convicções e práticas, sentem-se frustrados com sua incapacidade de expor de modo coerente e convincente as suas posições.

Quem Somos?
A Igreja Presbiteriana do Brasil —IPB — é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence â família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos(sul no nordeste e norte no sudeste). 
Suas origens mais remotas encontram-se nas reformas protestantes suíça e escocesa, no século 16, lideradas por personagens como Ulrico Zuínglio, João Calvino e João Knox. O nome "igreja presbiteriana" vem da maneira como a igreja é administrada, ou seja, através de "presbíteros" eleitos pelas comunidades locais. Essas comunidades são governadas por um "Conselho" de presbíteros e estes oficiais também integram os concílios superiores da igreja, que são os Presbitérios, os Sínodos e o Supremo Concilio.
Quanto à sua teologia, a Igreja Presbiteriana do Brasil é herdeira do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos) elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos elaborados pela Assembleia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários.
Quanto ao culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado "princípio regulador". Isso significa que o culto deve ater-se às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com conteúdo bíblico e pregação expositiva.
A seguir analisaremos três termos importantes cujo significado precisa ser corretamente compreendido: reformado, calvinista e presbiteriano. Esses nomes do nosso movimento são sinônimos em alguns aspectos e diferentes em outros.

Reformados
0 presbiterianismo derivou da Reforma Protestante do século 16. Pouco depois que o protestantismo começou na Alemanha, sob a liderança de Martinho Lutero, surgiu uma segunda manifestação do mesmo no Cantão de Zurique, na Suíça, sob a direção de outro ex-sacerdote, Ulrico Zuínglio (1484-1531). Para distinguir-se da reforma alemã, esse novo movimento ficou conhecido como Segunda Reforma ou Reforma Suíça. O entendimento de que a reforma suíça foi mais profunda em sua ruptura com a igreja medieval e em seu retorno às Escrituras, fez com que recebesse o nome de movimento reformado e seus simpatizantes ficassem conhecidos simplesmente como "reformados". Inicialmente, o movimento reformado esteve mais ligado à pessoa de Zuínglio. Porém, com a morte prematura deste, o movimento veio a associar-se com seu maior teólogo e articulador, o francês João Calvino (1509-1564). A propósito, os "protestantes", fossem eles luteranos ou reformados, só passaram a ter essa designação a partir da Dieta de Spira, em 1529.
Portanto, o movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suíça, no século 16, tendo como líderes originais Ulrico Zuínglio, em Zurique, e João Calvino, em Genebra. Esse movimento veio a caracterizar-se por certas concepções teológicas e formas de organização eclesiástica que o distinguiram dos outros grupos protestantes (luteranos, anabatistas e anglicanos). A tradição reformada foi preservada e desenvolvida pelos sucessores imediatos e mais remotos dos líderes iniciais, tais como João Henrique Bullinger (1504-1575), Teodoro Beza (1519-1605), os puritanos ingleses e outros.
Até hoje, as igrejas ligadas a essa tradição no continente europeu são conhecidas como Igrejas Reformadas (da Suíça, França, Holanda, Hungria, Romênia e outros países). Porém, o termo reformado é mais que a designação de uma tradição teológica ou eclesiástica. É um conceito abrangente que inclui todo um modo de encarar a vida e o mundo a partir de uma série de pressupostos, dentre os quais se destaca a soberania de Deus.

Calvinistas
O calvinismo, como o nome indica, é o sistema de teologia elaborado pelo mais articulado e profundo dentre os reformadores, João Calvino. Esse sistema, contido especialmente na obra magna de Calvino, a Instituição da Religião Cristã ou Institutas, resulta de uma interpretação cuidadosa e sistemática das Escrituras, e tem como um de seus principais fundamentos a noção da absoluta soberania de Deus como criador, preservador e redentor. O calvinismo não é somente um conjunto de doutrinas, mas inclui concepções específicas a respeito do culto, da liturgia, do ministério, da evangelização e do governo da igreja. Normalmente, todos os reformados deveriam ser calvinistas, mas isso nem sempre ocorre na prática. Muitos herdeiros de Calvino, embora se considerem reformados, não mais se designam ou podem ser designados como calvinistas, por terem abandonado certas convicções e princípios básicos defendidos pelo reformador. Portanto, todo calvinista é reformado, mas nem sempre a recíproca é verdadeira.

Presbiterianos
O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas Ilhas Britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Isso se deve ao contexto político-religioso em que o protestantismo foi introduzido naquela região, no qual a forma de governo da igreja teve uma importância preponderante. Os reis ingleses e escoceses preferiam o sistema episcopal, ou seja, uma igreja governada por bispos e arcebispos, o que permitia maior controle da igreja pelo estado. Já o sistema presbiteriano, isto é, o governo da igreja por presbíteros eleitos pela comunidade e reunidos em concílios, significava um governo mais democrático e autônomo em relação aos governantes civis. Das Ilhas Britânicas, o presbiterianismo foi para os Estados Unidos e dali para muitas partes do mundo, inclusive o Brasil.
Daí resulta outra distinção importante. Todo presbiteriano é, por definição, reformado e, em teoria, calvinista. Porém, nem todos os calvinistas são presbiterianos. Um bom exemplo é a Inglaterra dos séculos 16 e 17. Quase todos os protestantes ingleses daquela época eram calvinistas, mas muitos deles não aceitavam o sistema de governo presbiteriano. Entre eles estavam os anglicanos e os congregacionais, além de outros grupos.

Conclusão
Em conclusão, ao dizermos que somos reformados, calvinistas e presbiterianos, ficam implícitos outros dois elementos igualmente importantes da nossa identidade, que nos lembram que não estamos sozinhos na caminhada — somos cristãos e somos evangélicos. Se de um lado devemos valorizar a nossa herança, de outro lado não devemos nos tornar exclusivistas, lembrando que o corpo de Cristo é maior que o movimento ao qual estamos ligados.


fonte: 

O QUE TODO PRESBITERIANO INTELIGENTE DEVE SABER


Necessária Nova Reforma Protestante!





Maria estava feliz por ter abraçado a fé cristã, empolgada com a possibilidade de caminhar com Deus. Num dia de evento especial em sua igreja o pregador, em dado momento da reunião, faz uma oração, lançou seu paletó sobre a pequena multidão e dezenas caíram no chão, em transe. Maria, sem entender direito o que estava acontecendo, ficou em pé observando as pessoas. O indigitado pastor, ao microfone, chamou aquela mulher e disse que ela estava com o coração endurecido e, caso não caísse, era porque estava cheia de demônios. Maria quase entrou em pânico, porque todos os olhares se voltaram contra ela. Tentou explicar que não estava endemoninhada, mas não foi ouvida. As pessoas a cercaram e começaram a expulsar o demônio e a ministrar a unção para que ela caísse. Ela começou a chorar e a dizer que não tinha demônio algum, que amava a Deus, mas ninguém lhe deu ouvidos. Em pânico, caiu desfalecida, para delírio de todos os presentes.


Dolores tinha já alguns anos de vida cristã quando sua comunidade aderiu a um movimento que seria, segundo os organizadores, aquele que reavivaria definitivamente a igreja. Quem estivesse de fora, estaria fora da vontade de Deus. Ela tinha que prestar contas de tudo o que acontecia em sua vida para uma pessoa da igreja, inclusive de sua vida conjugal, e não podia tomar nenhuma decisão sem antes obter a permissão dessa pessoa. Quando queria sair com o marido precisava pedir permissão. Caso fosse negada, adeus jantar romântico. Tinha que obedecer a igreja. Um belo dia o marido de Dolores, depois de muito desgaste, trocou-a por outra mulher que estava disposta a sair com ele e a viver uma vida conjugal madura e livre de interferências externas. Dolores viu-se aflita, recorreu a várias correntes de oração para ter seu marido de volta. Nada aconteceu.

João tinha um filho lindo, oito anos de idade, inteligente, alegre, gostava de acompanhar o pai às reuniões da igreja. Um dia o filho de João teve uma convulsão no meio do culto. Logo chamaram os líderes para orar e o diagnóstico foi contundente, o menino estava possesso. Após muita oração o menino recobrou a consciência e foi levado para a casa. As convulsões continuaram. Levado ao médico, verificou-se que o garoto tinha um tumor e precisava ser operado. O pai foi orientado a orar porque seu filho seria curado sem cirurgia alguma. Horas de oração, dias de jejuns e nada aconteceu. Depois de seis meses, João enterrou seu filho.

Maria nunca mais retornou àquela igreja. Tinha medo, vergonha e convicção que aquela experiência não tinha nada de Deus. Tudo lhe trazia pânico. Começou a se distanciar das pessoas e a se isolar. Nunca mais entrou em igreja alguma.

Dolores tornou-se uma mulher amargurada, frustrada e tem ódio de tudo que lhe lembre igreja.

João conseguiu se reerguer e depois de muito tempo conseguiu voltar a ter fé, mas agora sua fé é confiança em Deus, independente de curar ou não, de fazer coisas prodigiosas ou não. É uma fé mais madura.

Estas pessoas são fictícias, mas suas histórias são bem reais e já aconteceram milhares de vezes. São vítimas das loucuras feitas em nome de um pseudo-evangelho e de uma fé neurotizante, que, em vez de trazer paz e conforto, traz desequilíbrio.

Urge que a igreja volte a ser uma comunidade terapêutica, apenas um grupo de pessoas que amam a Deus e querem caminhar com ele. É necessário que ela seja também um espaço de cura para esses tantos feridos, para que voltem a ter a alegria da salvação, perdida (ou roubada) ao longo do caminho.

Fonte: http://www.emeurgencia.com/ 

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Tipos de sermões que atrapalham o culto

  Tipos de sermões que atrapalham o culto  Robson Moura Marinho  A Arte de Pregar – A Comunicação na Homilética. São Paulo: VIDA NOVA, 1999....