Cristo no Pentateuco- Deuteronômio

Continuação da série Plugados com Deus Cristo no Pentateuco.

No livro de Deuteronômio vemos o povo de Israel como que na fronteira da terra prometida e temos os últimos conselhos que Moisés lhe deu em vista da sua próxima entrada em Canaã.

O livro contém um resumo da peregrinação do povo no deserto que teve uma importância especial pois por ele o povo pôde ver, como nós também agora vemos, o domínio que Deus fez acerca de tudo, e como Ele desejava que as lições do deserto lhes resultassem em sabedoria e instrução para o futuro quando já estivessem na sua herança.
Moisés — Entre todas as celebridades do Velho Testamento Moisés se destaca como sendo a maior. Era profeta, legislador, historiador e governador, tudo ao mesmo tempo; é provável que em toda a história do mundo nenhum nome tenha movido tanto a qualquer nação como o dele.
Em parte alguma o caráter de Moisés brilha com tanto fulgor e dignidade como neste livro de Deuteronômio. Vemo-lo no fim da sua longa vida, conservando ainda todo o seu vigor, despedindo-se do povo que ele tinha suportado com tanta paciência, salvo a única exceção (Num. 20:10-12) devido à qual foi impedido de ter o privilégio de conduzir o povo para dentro da terra prometida. Mas não vemos que houvesse o menor rancor no seu espírito contra eles; pelo contrário alegrava-se na perspectiva deles entrarem na terra sob o comando de Josué.
No livro em foco Moisés relata as peregrinações e a desobediência do povo de Israel e recapitula aos seus ouvidos a Lei. Esta lhe havia sido dada havia uns quarenta anos no monte de Sinai, visando então, de um modo especial, a condição do povo no deserto; agora foi-lhe recapitulada com referência especial à sua vida em Canaã. Esta recapitulação tinha um caracter exortatório e elucidativo e dava uma força especial e preeminência ao caráter espiritual da lei e ao seu cumprimento; havia nela o desenvolvimento da organização religiosa, judicial, política e civil, devia ser o fundamento da vida e bem-estar do povo na terra prometida.
Mas o quinto livro da Bíblia também é um livro profético Moisés é chamado profeta e neste livro vemo-lo falando como tal. O seu último grande cântico é incontestavél-mente profético e, sendo devidamente compreendido, ajuda muito na compreensão da toda a Palavra profética. O que está para vir sobre a nação da Israel, tanto maldição como benção, tudo foi previsto por Moisés. A sua última mensagem foi uma mensagem de benção. Esse servo fiel de Jeová, a quem foi dado o ministério da Lei, que, em virtude do caráter e natureza do homem, opera só a ira e a maldição, findou o seu testemunho na terra falando de benção.
A Obediência — Neste livro de Deuteronômio Moisés dirige-se a todo o povo e insiste na necessidade e dever de obediência da parte deles. A obediência é como a nota tônica deste livro como é também a base de gozo e da benção na vida cristã. Este livro frisa mais do que outro qualquer na Bíblia a bem-aventurança que resulta da obediência. Vejamos que aqui não é exigido dinheiro ou coisas do tipo como é feito hoje mas sim que sejam fiéis. «Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem, e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias! para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre!» (cap 5:29). Nestas palavras vemos o desejo do coração de Deus pelo Seu povo, mesmo no meio dos terrores do Sinai. Repetidas vezes foi-lhes dito que essas leis eram para o seu perpétuo bem (Cap 6.24). Ainda mais, foi-lhes declarado claramente que essa obediência era exigida não para que chegassem a ser o povo de Deus e alcançassem assim o Seu favor, mas sim porque já eram povo Seu. Eram chamados à obediência exatamente por ser um povo remido, os escolhidos, os predestinado pelo Senhor, não por qualquer esforço pessoal porque logicamente não conseguiriam. E foi-lhes dito ; «Povo santo és ao Senhor teu Deus».,, «o Senhor teu Deus te escolheu»,.. «O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós ereis menos em número do que todos os povos: mas porque o Senhor vos amava, o para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão... Guarda pois os mandamentos e os estatutos e os juizo que hoje te mando fazer» (cap. 7:8-11). O motivo para obediência encontrava-se no amor e misericórdia de Deus somente.
Como que isso é importante para nós hoje em dia! Quantos são os que pensam que tem de ganhar a salvação das sua alma através de dinheiro ou quaisquer outros esforços próprios tudo que não for por graças é por obras e por obras ninguém é justificado. Ele redime-nos da escravidão do pecado e do mundo para podermos viver, em novidade de vida, praticando as boas obras e guardando a sua Lei, não para sermos salvos ou conseguir alguma benção especial mas porque somos salvos. Lembremos também do outro extremo aquele que diz ser salvo e não pratica as boas obras engana-se a si próprio pois Tito 2:14
14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras
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O senhor nos Ilumine
Continua Parte II

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