A EXPIAÇÃO NA CRUZ DO GÓLGOTA
I EXPIAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O termo expiação não é algo novo, um vocábulo exclusivo da era cristã. Ele aparece já no Antigo Testamento conectado com os ritos sacrificiais da Lei de expiação de pecados, os quais eram tipos do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. São vários os textos: Levítico 1.4; 4.20,26,31,35; 16.6,10-18, 27,30,32-34; 17.11.
1.2 BREVE DEFINIÇÃO
Expiação vem do hebraico “kaphar”, significando cobrir, purificar etc. O sangue que era derramado por causa dos sacrifícios era aspergido sobre a tampa do propiciatório. Ele tinha por finalidade “cobrir” os pecados cometidos pelo povo de Deus. As Escrituras Sagradas claramente revelam que os pecados do homem o separam do Criador desde o Éden. A Bíblia de Estudo de Genebra (p.1322) vai nos dizer o seguinte:
Quando Deus tirou Israel do Egito, ele estabeleceu, como parte do relacionamento da aliança, um sistema de sacrifícios que tinha seu âmago no derramamento de sangue de animais “para fazer expiação por vossa alma”(Lv 17.11).
Percebe-se que o rito da expiação era muito importante como instrumento de reconciliação entre Deus e o Homem. Olhando para o Novo Testamento, percebemos que o sacrifício de Jesus na Cruz era a realidade para a qual apontavam os sacrifícios animais veterotestamentários. É-nos dito no N.T. que sangue de Jesus foi derramado de forma sacrificial (Romanos 3.25; 5.9,11; Efésios 1.7; Apocalipse 1.5). Portanto, como a revelação é progressiva, podemos definir a palavra expiação num sentido mais lato. Podemos dizer que expiação foi a obra por Jesus realizada durante a sua vida, morte e ressurreição, com o objetivo de salvar o seu povo dos seus pecados. A Confissão de Fé de Westminster, no capítulo XI;III nos diz o seguinte:
Cristo, por sua obediência e morte, pagou plenamente a dívida de todos os que são justificados, e, em lugar deles, fez a seu Pai uma satisfação própria, real e plena. Contudo, como Cristo foi pelo Pai dado em favor deles, e como a obediência e a satisfação dele foram aceitas em lugar deles, ambas livremente e não por qualquer coisa neles existente, a justificação é só da livre graça, a fim de que tanto a justiça restrita como a abundante graça de Deus sejam glorificadas na justificação dos pecadores.
1.3 A CAUSA DA EXPIAÇÃO
Poderíamos indagar se há uma razão de Deus para enviar seu Filho com a finalidade de morrer pelos pecados do seu povo. Bem, se observarmos o que as Escrituras nos dizem, logo perceberemos que o amor e a justiça de Deus são a razão última para que Ele nos salve. Contudo, mesmo havendo o registro de que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito...” (João 3.16), a Palavra de Deus também diz que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Há uma dívida a ser paga. Em Romanos 3.25 vemos o apóstolo Paulo falando que Cristo foi um sacrifício propiciatório, ou seja, Deus se torna propício a nós depois que Jesus sofre o castigo pelos nossos pecados. Além disso, o texto vai nos mostrar que, no Antigo Pacto, Deus perdoava os pecados do povo, mas pelo fato de nenhuma pena haver sido paga, Ele envia o seu Filho para morrer por nossos pecados: “tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ser ele mesmo justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3.26). Não devemos nos esquecer de que o sangue de touros não removiam pecados (Cf. Hebreus 10.4).
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