Provérbios e Torah
Estava refletindo esta semana sobre a lei de Deus, que normalmente é mal compreendida. Lembro-me de uma ocasião em que estava traduzindo um pastor britânico sobre o tema Graça. No meio de uma das palestras ele afirmou: "existem muitos livros escritos com o título Lei e Graça! Deveriam se chamar 'Lei é Graça'." Como era na minha própria igreja e eu havia escrito um livro com este título, todo mundo caiu na risada. Mas meu problema é fácil de resolver. Se houver uma segunda edição, é só colocar o acento agudo no 'e'.
O que tenho percebido nos escritos de muitos, no entanto, é a contínua oposição entre lei e graça, a busca de uma graça barata e desvinculada de sua irmã, criação de Deus, chamada lei. É interessante observar que a depreciação da lei acontece por dois grupos: aqueles que teologicamente a compreendem mal e aqueles que insistem em mal compreendê-la para justificar suas mazelas e pecados. Estes, geralmente, acusam aos que amam a lei de Deus de legalistas (Salmo 119.97 - Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!).
Diante disto fui fazer uma busca sobre a 'torah' no Antigo Testamento e me deparei com seu uso abundante no livro de Provérbios mostrando como a lei de Deus, compreendida de maneira correta, pode nos abençoar. Porém, antes de chegar a Provérbios é bom lembrar o que é a torah. Os cinco primeiros livros do AT (Pentateuco) são conhecidos na própria Escritura e no judaismo como Torah ou Lei de Moisés. Lendo o Pentateuco vamos descobrir que estes cinco livros são muito mais do que uma lista de leis. Grande parte do seu conteúdo é de histórias e revelações. Este conjunto, lido na sua inteireza, é a Torah, a instrução de Deus para seu povo. No sentido maior ainda, toda instrução é torah. Esta instrução é uma instrução amorosa e cheia de graça que prevê toda a sorte de bênçãos para aqueles que querem viver justa e piedosamente e, certamente, maldições para aqueles que a rejeitam, quer intelectualmente ou na prática. São muitas as expressões bíblicas para falar sobre lei, mas torah é a mais abrangente delas. Interessante observar que a torah só pode ser compreendida com graça e misericórdia e só pode ser aplicada corretamente por aqueles que pessoalmente conhecem o Senhor da torah e a guardam no seu coração (este é o conceito completo da torah no livro de Deuteronômio). Para que isto não vire um pequeno tratado teológico, vamos à torah em Provérbios.
Como sinônimos na tradução de torah em Provérbios encontramos 'ensino, doutrina, instrução e lei'. A instrução deve ser ouvida, lembrada e guardada no coração. A torah é dada pelo pai, pela mãe e pelo sábio e serve como lâmpada e luz para o caminho. O filho que a guarda é prudente e não deixa o seu ensino. O bondade da língua está ligada a torah, para que fale com sabedoria. A indignação contra a perversidade está ligada ao conhecimento que se tem da torah de Deus e aquele que se coloca contra ela acaba louvando o perverso. A própria corrupção está ligada à falta da torah de Deus, na figura da profecia, que é a correta interpretação da lei. O que se desvia da torah, até as suas orações são abominação para Deus.
Amanhã é natal e fala-se tanto em um "feliz natal". Pois o livro de Provérbios nos ensina que o que guarda a torah, a instrução de Deus, este é feliz, e que a torah do sábio é fonte de vida. Logo, se queremos um natal realmente feliz, precisamos aprender a amar a lei de Deus, pois para isto mesmo foi que Ele nos enviou no natal a maior expressão de sua graça. Que seja a torah do Senhor a 'menina de nossos olhos'.
Provérbios
1.8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.
3.1 Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos;
4.2 porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.
6.23 Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;
7.2 Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
13.14 O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços da morte.
28.4 Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele.
28.7 O que guarda a lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai.
28.9 O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
29.18 Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz
31.26 Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.
O que tenho percebido nos escritos de muitos, no entanto, é a contínua oposição entre lei e graça, a busca de uma graça barata e desvinculada de sua irmã, criação de Deus, chamada lei. É interessante observar que a depreciação da lei acontece por dois grupos: aqueles que teologicamente a compreendem mal e aqueles que insistem em mal compreendê-la para justificar suas mazelas e pecados. Estes, geralmente, acusam aos que amam a lei de Deus de legalistas (Salmo 119.97 - Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!).
Diante disto fui fazer uma busca sobre a 'torah' no Antigo Testamento e me deparei com seu uso abundante no livro de Provérbios mostrando como a lei de Deus, compreendida de maneira correta, pode nos abençoar. Porém, antes de chegar a Provérbios é bom lembrar o que é a torah. Os cinco primeiros livros do AT (Pentateuco) são conhecidos na própria Escritura e no judaismo como Torah ou Lei de Moisés. Lendo o Pentateuco vamos descobrir que estes cinco livros são muito mais do que uma lista de leis. Grande parte do seu conteúdo é de histórias e revelações. Este conjunto, lido na sua inteireza, é a Torah, a instrução de Deus para seu povo. No sentido maior ainda, toda instrução é torah. Esta instrução é uma instrução amorosa e cheia de graça que prevê toda a sorte de bênçãos para aqueles que querem viver justa e piedosamente e, certamente, maldições para aqueles que a rejeitam, quer intelectualmente ou na prática. São muitas as expressões bíblicas para falar sobre lei, mas torah é a mais abrangente delas. Interessante observar que a torah só pode ser compreendida com graça e misericórdia e só pode ser aplicada corretamente por aqueles que pessoalmente conhecem o Senhor da torah e a guardam no seu coração (este é o conceito completo da torah no livro de Deuteronômio). Para que isto não vire um pequeno tratado teológico, vamos à torah em Provérbios.
Como sinônimos na tradução de torah em Provérbios encontramos 'ensino, doutrina, instrução e lei'. A instrução deve ser ouvida, lembrada e guardada no coração. A torah é dada pelo pai, pela mãe e pelo sábio e serve como lâmpada e luz para o caminho. O filho que a guarda é prudente e não deixa o seu ensino. O bondade da língua está ligada a torah, para que fale com sabedoria. A indignação contra a perversidade está ligada ao conhecimento que se tem da torah de Deus e aquele que se coloca contra ela acaba louvando o perverso. A própria corrupção está ligada à falta da torah de Deus, na figura da profecia, que é a correta interpretação da lei. O que se desvia da torah, até as suas orações são abominação para Deus.
Amanhã é natal e fala-se tanto em um "feliz natal". Pois o livro de Provérbios nos ensina que o que guarda a torah, a instrução de Deus, este é feliz, e que a torah do sábio é fonte de vida. Logo, se queremos um natal realmente feliz, precisamos aprender a amar a lei de Deus, pois para isto mesmo foi que Ele nos enviou no natal a maior expressão de sua graça. Que seja a torah do Senhor a 'menina de nossos olhos'.
Provérbios
1.8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.
3.1 Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos;
4.2 porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino.
6.23 Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;
7.2 Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
13.14 O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços da morte.
28.4 Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele.
28.7 O que guarda a lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai.
28.9 O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
29.18 Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz
31.26 Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.
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