Sermao joao 8: 31-32

Por Joelson Gomes


João 8. 31-32


Introd.: O Senhor Jesus quando falava, não queria ser entendido como um professor. As palavras que Ele proferia não eram para ter o efeito que as palavras de mestres intelectuais tinham, e têm. Você os escuta, aprende, e tudo bem. Sua mente foi alimentada; você julga o que deve aceitar ou não, e segue a vida. Mas, no quesito ser humano, você continua a mesma pessoa, surpreendida pela vida a todo instante, e nesses instantes as palavras dos professores de nada valem, ou valem pouco. E você se vê só.


·         Jesus quando falava não queria que as pessoas escutassem suas palavras, mas que as pessoas comessem sua palavras (Ex.: Ez 2.8-3.3; Ap 10. 8-11). Para que Ezequiel e João se transformassem em servos da Palavra, proclamadores da Palavra, ela não deveria ser apenas ouvida, está em suas cabeças. Mas, deveria está dentro deles, se transformar no sangue e carne deles.

·         Só cumpre o propósito designado a palavra vivida, e não apenas crida, ou aprendida. E aqui Jesus mostra isso. Só assim a Palavra liberta!



I-                   O que NÃO é conhecer a Verdade.

 

      a)  Na é conhecer doutrina, ou fazer parte de grupo religioso – Nicodemos (Jo 3) era um grande conhecedor de doutrinas, e fazia parte de um grupo religioso, mas não tinha a liberdade da vida. Não havia nascido de novo mesmo com todo seu conhecimento. Não é o conhecimento intelectual que liberta. Os Fariseus era um grupo religioso respeitado na época de Jesus. Viviam estudando a Bíblia diariamente, mas quanto mais estudavam, mas se afastavam de Jesus. Conheciam muito doutrina, eram professores na época. Mas, quando foram até João Batista para serem batizados, João os enxotou dali (Mt 3). E o próprio Cristo disse: Vocês vivem examinando as Escrituras, mas não me enxergam (Jo 5.39).


     b)     Não é saber que Jesus existe e é bom – os discípulos sabiam muito bem disso, e experimentaram na pele a bondade de Jesus. Viram e participaram de sua bondade, mas quando Ele exigiu o compromisso que liberta, o abandonaram (Jo 6.66).


    c)    Não é acreditar em Jesus – as pessoas para quem Jesus fala aqui acreditavam, mas não eram libertas. E na Parábola do Semeador (Mt 13. 20-21), mesmo muitos crendo (receberam com alegria), essa crença deu em nada.



II-                O que É conhecer a Verdade?


    a) Talvez a chave esteja na palavra “conhecer” (32). No nosso mundo, essa palavra te conotações intelectuais, tem a ver com o intelecto. No caso da Bíblia não. “Conhecer” tem a ver com o “ser”. Conhecer não é saber de algo, mas é o limite da intimidade com algo, ou alguém (Mt 1.25).


     b)     Mas, que Verdade é essa com o que eu tendo que me relacionar para ser liberto? É um conjunto de doutrinas? É um livro? É um conjunto de regras de um grupo religioso? Não. aqui no texto não. letras pretas ou seja de que cor em uma superfície de papel, ou não; conjunto de ensinos ou regras, não libertam ninguém, ao contrario, prendem. Tantas pessoas presas pela religião. Acompanhe o raciocínio de João:


1-      Conhecereis a Verdade e a Verdade libertará vocês: a Verdade liberta (32);

2-      Se o Filho vos libertar, sereis livres de verdade: o Filho liberta (36).


Conclusão lógica: A Verdade é o Filho (Jo 1.14, 17; 14.6).


    c)  Entendeu porque tanta gente continua religioso e preso? Com medo da vida; com medo de si; com medo de fantasma; com medo do futuro; com medo de doenças; com medo de ficar pobre; com medo de Deus? Só há libertação quando aceitamos o Filho: a Verdade. E só aceitou a Verdade quem passou pelo seguinte processo:

 

1-    Testou suas verdades e viu a falência delas. Viu que suas verdades (jeito de viver próprio, dirigido por si mesmo) são um fracasso;

2-      Arrependeu-se. Passou pela crise da fé; crise da consciência de ver suas verdades falidas. Reconheceu sua incapacidade latente; sua insuficiência existencial. Não sou nada; para onde vou?

3-      Deixou suas verdades de lado e abraçou Jesus como a única verdade; única saída; único modelo de vida coerente. Abraçar Jesus não é um conceito teológico, uma coisa abstrata, é assumir sua verdade, seu estilo de vida (Jo 7. 16-17; 14.23; 1Jo 2.6).

4-      Reconheceu e aceitou com convicção (fé é convicção Rm 4. 18-22) Jesus como o “Cristo” (Jo 20.31). Isto implica em reconhecer que diante de Deus, Jesus salva qualquer pecador de qualquer julgamento.


     d)    Assim, quem reconheceu que suas verdades, seu estilo de vida apontado pelos seus pensamentos, são o mesmo que nada; quem se arrependeu de um dia ter andado assim; quem assumiu o caminho de Jesus, seu jeito de viver como sua verdade; e passou a confiar plenamente que diante de Deus, toda nossa divida foi paga porque Jesus é o Cristo, Salvador: esse conheceu a Verdade.


     e)     Veja, não é um ensino, uma religião, um grupo, mas é uma Pessoa: Jesus Cristo.



III-             Porque conhecer essa Verdade liberta?


Veja que Jesus disse que quem O Conhece como a Verdade será liberto. Mas, como e de que?


1-      Liberdade do pecado e suas consequências. Sim, é a escravidão ao pecado quem primariamente está na cabeça de Jesus aqui (34). Quem conhece Jesus como Cristo, sabe que Ele é o ungido sacerdote que intercede por nós diante de Deus (Hb 7.20-25); e Ele é o sacrifício que me substituiu e levou em Si todos os meus pecados, me dando Sua justiça (2Co 5.21; 1Pe 2. 21-24);


·         Aí se acabam as depressões culposas, as culpas acachapantes, o medo de não ter perdão, o sentimento de ser a pior pessoa do mundo. É liberdade de todo sentimento que nos esmaga.


2-      Liberdade da morte mesmo vivo. Algumas pessoas estão mortas em pé. A vida para elas é isso aqui, e como isso vai mal, sempre foi mal, elas estão no mesmo ritmo. Conhecer a Cristo como a Verdade, é assumir o estilo de vida de Cristo, e isto liberta a pessoa desse estilo de vida de baixo, pois a mente sai daqui e vai para onde Cristo está (Cl 3. 1-4). Quando a cabeça sai da terra e vai para o céu, não tem como não viver bem (Mt 6. 19-21, 24-34).


·         Essa forma de vida trás a liberdade total ao ser humano. Não são mais coisas, circunstâncias, ou pessoas que o prendem. Se o seu estilo de vida, sua verdade, for o estilo de Jesus, ele dirá como Paulo: Fp 4. 10-13; 1Tm 6. 6-11). Paulo era livre.

·         Agora entendemos porque a Bíblia diz que a Palavra é Vida (Jo 6.63). Conhecer a Crist é a ter a Vida (Jo 17.3). Quem conhece a Cristo não morre, nem eternamente, nem psicologicamente (Jo 5. 24-25).

·         A Conclusão é óbvia: quem conhece a Verdade, conhece a Cristo (tem intimidade, se relaciona, assume seu etilo de vida) está livre! Agora, isso se faz numa levantada de mão em um templo ou evento religioso?

CONCLUSÃO: quando a Bíblia fala que a libertação está em conhecer a Verdade, está dizendo que o ser humano precisa ter uma relação existencial com Jesus. Essa relação é tal, que é como se Ele morasse dentro de nós (Jo 14.23).

·         Aí o que vai sair de nós é Jesus Cristo: pego, ando, olho, penso, falo, me comporto, como Jesus Cristo. Isso é ser discípulo. É a liberdade.

  
·       Talvez isso explique porque vivemos tão mal. Somos discípulos? Conhecemos a Verdade? Somos livres? Ou somos religiosos, medrosos, sofredores, depressivos, que se matam cumprindo regras achando que com isso agradamos a Deus, mas nos escravizamos mais e mais, porque estas regras nunca mudam nossa essência? Quem não vive a vida de Cristo está preso, por mais que se autoengane achando que está livre.


·        Ou Cristo me veste, ou não sou discípulo (Rm 13.14). Sou religioso (ódio, preconceito, egoísmo, falta de compreensão e perdao, etc. Esses são os produtos de corações religiosos).


·         Só viverei a Palavra/Cristo (são se para Cristo do que Ele disse) quando ela se transformar em meu ser (Ezequiel, João para viver tiveram que comer). E aí nasce a vida/liberdade: amor, perdão, dádiva, compreensão, desapego do materialismo, esperança, certeza de salvação, contentamento com o que se tem, cabeça no céu/eternidade, contentamento com a vida, seja ela qual seja.


·         Essa Verdade fará qualquer um livre.

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