O Vaso de Alabastro



O vaso de alabastro é conhecido entre os cristãos por ter sido o tipo de recipiente utilizado para portar óleos ou essências em algumas passagens do Novo Testamento. Diante disto, muitos ficam curiosos sobre como era esse vaso, e o que significa alabastro. Neste estudo bíblico, iremos entender um pouco melhor o que é o vaso de alabastro.

O que significa alabastro e o que era o vaso de alabastro?

Originalmente a forma neutra do grego alabastros era usada para designar um frasco de alabastro que possuía um gargalo comprido. Quando o conteúdo era utilizado, tal gargalo era rompido. Geralmente o conteúdo armazenado nesses frascos eram óleos e essências.
O mesmo termo também era utilizado para se referir a qualquer frasco que possuía o formado indicado acima, não importando o material de que tivesse sido fabricado.
Já o alabastro era uma variedade de carbono de cálcio produzido por depósito natural e hidratado. Existe uma diferença entre os alabastros da antiguidade e os mais modernos. O alabastro moderno é um tipo de gesso, sendo uma pedra mais mole. Já os alabastros da antiguidade, chamados no hebraico de shayish ou shesh, geralmente eram de mármore, compostos de calcita (1 Crônicas 29:2; Ester 1:6).
Esse material em sua forma pura tem uma cor branca e translúcida. Geralmente o alabastro era encontrado em regiões calcárias, em cavernas e locais próximos de nascentes. Os alabastros eram muito utilizados na escultura de estátuas e na fabricação de vasos, frascos, caixas, garrafas e recipientes em geral.
Havia vasos de alabastro fabricado na região da Palestina com pedras escavadas no vale do Jordão. Outros eram importados do Egito, sendo estes mais valiosos.

O vaso de alabastro na Bíblia

No Novo Testamento encontramos algumas passagens que fazem referência à utilização do vaso de alabastro. A primeira está no Evangelho de Mateus, quando Jesus é ungido em Betânia:
Nos Evangelhos de Marcos e João encontramos um texto paralelo ao relato do Evangelho de Mateus (Marcos 14:3-9; João 12:1-8). No caso da referência de Marcos, trata-se de um paralelo exato. Já no texto do Evangelho de João algumas diferenças cronológicas podem ser percebidas; porém nenhum detalhe entra em conflito com os textos de Mateus e Marcos.
Alguns argumentam que na narrativa de João é dito que a mulher ungiu os pés de Jesus com o unguento que estava no vaso de alabastro; enquanto Mateus e Marcos relatam que o liquido foi derramado sobre sua cabeça. Porém é possível que ela tenha derramado tanto bálsamo em Jesus que o liquido escorreu até mesmo pelos pés d’Ele. Sobre isso, João escreve que havia “uma libra de bálsamo de nardo puro” dentro do vaso de alabastro (João 12:3). Essa medida equivalia a algo em torno de 450 gramas de perfume, uma quantidade suficiente para cobrir Jesus. 
Essa mulher que aparece anônima nos Evangelhos de Mateus e Marcos é identificada no Evangelho de João. Ela era Maria, irmã de Marta e Lázaro, aquele que foi ressuscitado.

O nardo puro no vaso de alabastro

O liquido que a mulher carregava no vaso de alabastro era o nardo puro (Marcos 14:3). O nardo era um perfume raro feito de raízes de uma planta nativa do Himalaia. Nos tempos bíblicos ele era importado justamente em frascos selados de alabastro. Esses pequenos vasos de alabastros eram abertos apenas em ocasiões muito especiais.
Judas estipulou o preço do nardo que havia naquele vaso de alabastro em trezentos denários (João 12:5). Isso equivalia a um ano de salário de um trabalhador da época. Esse valor também era provavelmente dez vezes maior que o valor que o mesmo Judas recebeu para trair Jesus.
O vaso de alabastro também é citado numa referência no Evangelho de Lucas (Lucas 7:36-50). Lucas fala de uma mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus com especiarias que estavam num vaso de alabastro. Aqui é importante dizer que essa mulher não deve ser confundida com a mulher citada anteriormente no episódio registrado por Mateus, Marcos e João, apesar das evidentes semelhanças.
A mulher mencionada por Lucas realmente não teve sua identidade revelada. É muito comum a interpretação de que essa tal mulher tenha sido uma prostituta. Mas no texto original em grego a expressão “era pecadora” traduz um termo que não precisa significar necessariamente que ela era uma meretriz.
O texto apenas deixa claro que ela era muito conhecida no povoado por sua má reputação. Além disso, no texto de Lucas ela já aparece como uma mulher arrependida. Isso significa que seja lá o que a mulher do vaso de alabastro tivesse feito, ela já não fazia mais.

Natal, tempo de esperanca

O Natal de Miquéias

"Ai de mim! porque estou feito como as colheitas de frutas do verão, como os rabiscos da vindima; não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma deseja,
Já pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja justo; todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com a rede.
As suas mãos fazem diligentemente o mal; assim demanda o príncipe, e o juiz julga pela recompensa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles tecem o mal.
O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus vigias, veio o dia da tua punição; agora será a sua confusão.
Não creiais no amigo, nem confieis no vosso guia; daquela que repousa no teu seio, guarda as portas da tua boca.
Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sua sogra, os inimigos do homem são os da sua própria casa.
Eu, porém, olharei para o SENHOR; esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá."


Não, isso não foi escrito em nossos dias. Foi escrito ha mais de 2500 anos. Quando o profeta Miquéias escreveu isso (Mq 7.1-7), sua sociedade estava profundamente corrompida. Não havia como encontrar esperança em seu mundo. No entanto, ao invés de olhar para as circunstancias tão desesperadoras ele coloca suas esperanças, seus anseios e toda sua expectativa, no Deus supremo que não pode mentir nem mudar, o YAWEH, o Deus verdadeiro que iria providenciar a salvação para seu povo.

Mais de 500 anos mais tarde, sua esperança se cumpriu:"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade"(Mq 5.2). Este é Jesus, nosso Senhor e Salvador.

O mais interessante disso tudo é que a sociedade de nossos dias continua a mesma de Miquéias. Isso porque, para a grande maioria da humanidade, Jesus é apenas o pobrezinho de Belém, o homem de Nazaré, o cara-la-de-cima, o guru, o sábio, o racional superior... e por aí vai.

Mas para Miquéias e para aqueles "que o receberam" porém, Ele é aquele "que era, que é e que há de ser", o "alfa e ômega", o "Principe da Paz, Maravilhoso Conselheiro, Pai da Eternidade, Deus Forte", o "Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo", o "Filho do Homem", o "Salvador", o "Senhor", A "Palavra", o "Caminho a Verdade e a Vida", o YAWEH.

Natal é a lembrança do nascimento da nossa Esperança. Natal é a convicção de que não obstante este mundo tão perdido em que vivemos, somos herdeiros da promessa e somos "feitos filhos de Deus" em Cristo Jesus.

O Natal de Miquéias aconteceu apenas em seu coração. Miquéias tinha seus olhos firmados no futuro, nós devemos voltar nossos olhos para o passado. Miquéias morreu sem ver sua Esperança, nós nascemos em meio a Sua vinda. Nossa Esperança está cumprida, o que nos resta é só aguardar o dia em que veremos "face a face e então conhecerei como também sou conhecido".

Celebre intensamente esta data. O nosso Salvador veio ao mundo e pagou nossa dívida. Cristo Jesus, Rei dos Reis, se fez homem para que a nós homens (e mulheres), fosse dado viver eternamente.

Feliz Natal a Todos!!!!
Marcelo Batista Dias.

Instagram

Tipos de sermões que atrapalham o culto

  Tipos de sermões que atrapalham o culto  Robson Moura Marinho  A Arte de Pregar – A Comunicação na Homilética. São Paulo: VIDA NOVA, 1999....