Desde
a invenção da imprensa, no século XV, por Johannes Gutemberg, muitas versões da
Bíblia foram impressas. Na medida em que manuscritos mais antigos foram
surgindo (principalmente no século XIX), as Bíblias foram sendo atualizadas na
tentativa de produzir uma tradução que expressasse com mais fidelidade o
conteúdo dos textos originais. Ao longo do tempo foram sendo publicadas Bíblias
para diversos gostos ou correntes teológicas: Versões populares, críticas, com
capa colorida, com letras grandes, etc. Atualmente as Bíblias mais conhecidas
são as seguintes: 1. As primeiras
versões impressas em português A mais antiga tradução completa da Bíblia para o
português é obra de João Ferreira de Almeida, cristão protestante de origem
judeu-portuguesa. Sua primeira tradução foi publicada em 1753 em três
volumes. A seguir as traduções de
Almeida publicadas em um único volume. 1819 – “Versão Antiga” – baseada nos
modelos ingleses e holandeses do século XVII (Textus Receptus).
A
Almeida Corrigida e fiel (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil) conserva
até hoje o Textus Receptus como base para sua tradução. 1898 – Versão Revista e
Corrigida (ou revisada) – revisão ortográfica e eliminação de termos obsoletos.
1956 – Versão Revista e Atualizada – utiliza o texto crítico, baseado em
manuscritos do século IV (codex Vaticanus e Sinaiticus) descobertos após a
primeira tradução de Almeida. Em 1790 surgiu a versão de Figueiredo, elaborada
a partir da Vulgata pelo padre católico Antônio Pereira de Figueiredo. Foi
publicada em sete volumes, depois de 18 anos de trabalho.
2.
Edições recentes 1981 – Bíblia de Jerusalém (BJ). Tradução empreendida por
exegetas católicos e protestantes e por um grupo de revisores literários. Esta
Bíblia possui muitas notas críticas, que, aliás, são muito técnicas para um
leitor sem formação teológica. É, sem dúvida, uma das melhores Bíblias de
estudo.
1982
– Bíblia Sagrada Vozes – Tradução original do texto hebraico/aramaico e grego.
Possui introdução aos livros e muitas notas (existe uma excelente versão
digital em CD).
1988
– Bíblia na linguagem de hoje (BLH), elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil
a partir dos idiomas originais. Apesar da louvável tentativa de tornar o texto
bíblico acessível às pessoas menos instruídas, possui alguns anacronismos
imperdoáveis, tais como a palavra “despacho” em Dt 18,11 e “médiuns” em 2 Cr
33,6.
1990
– Edição pastoral Paulus - Tradução dos textos originais em linguagem corrente.
A preocupação básica, de acordo com a editora, é oferecer um texto acessível ao
povo, principalmente às comunidades de base, círculos bíblicos, catequese,
escolas, celebrações. As notas críticas possuem a mesma qualidade que as da
Bíblia de Jerusalém, com a diferença de serem mais acessíveis àqueles que não
possuem formação teológica (também ganhou uma ótima versão em CD).
2001
– Nova Versão Internacional (NVI) - Publicada pela Editora Vida e pela
Sociedade Bíblica Internacional. Tem sido elogiada pela clareza do texto. As
críticas mais contundentes a essa versão vem de setores conservadores do meio
protestante, por causa da adoção do texto crítico como base para a tradução do
Novo Testamento.
1997
– Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB) - Segue a edição francesa tanto nas notas
como no texto bíblico, sendo, porém, cotejada com os originais hebraicos,
aramaicos e gregos.
2002
- Bíblia do Peregrino - tradução do grande exegeta espanhol Luís Alonso
Schökel, publicada pela Editora Paulus. É a Bíblia com o maior número de notas
publicadas no Brasil. A edição brasileira é uma tradução do espanhol.
2007
– Bíblia Almeida Século XXI - As principais críticas a esta versão são
excessivo conservadorismo teológico presente nas introduções dos livros e no
uso não inclusivo da palavra “homem” para se referir à totalidade da espécie
humana (homem e mulher).
Por
Jones Mendonça Fonte: Numinosun
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