Há anos a instituição do casamento vem sendo atacada e demolida por uma sociedade sem Deus. Rotula-se ele como algo ultrapassado, que pode ter servido em algum momento na evolução sociológica do homem, mas que não tem mais lugar em pessoas modernas e esclarecidas. Esse ataque começa sempre pelo questionamento de sua indissolubilidade. Casamentos existentes são quebrados com a maior facilidade e, por maior que tenha sido a cerimônia original, a quebra ocorre sem a menor cerimônia.
Seguindo o mesmo curso de pensamento, a sociedade passa a considerar o passo inicial como desnecessário. Deve-se “experimentar” a vida conjunta, “para ver se dá certo”. E “se der certo”, para que se casar? A felicidade, nos dizem, não depende da cerimônia.
Aliado ao descaso e desprezo pelo casamento, temos a banalização do mesmo, com resultados possivelmente até mais destrutivos. Personalidades famosas, do mundo esportivo ou televisivo, “casam-se” em um festivo evento social, às vezes até no meio de comprometimentos conjugais passados que ainda não foram formalmente ou juridicamente encerrados. Os novos relacionamentos são detonados poucos meses depois, com grande publicidade e, invariavelmente, com grandes somas de dinheiro trocando de bolsos.
Infelizmente, já notamos reflexos dessas atitudes dentro das nossas igrejas. Não somente os abandonos, o repúdio e o divórcio tornam-se cada vez mais comuns, mas muitos jovens já não dão a importância devida à cerimônia de casamento. Aceitam naturalmente a sua banalização.
Enquanto muitos cristãos estão desenvolvendo idéias bem diferentes das que a Bíblia apresenta, é incrível que alguns alertas surjam até dos que estão do lado de fora das igrejas evangélicas. O conhecido Stephen Kanitz escreveu alguns pensamentos sóbrios sobre o formalismo que cerca os relacionamentos matrimoniais e sobre a cerimônia de casamento (VEJA, 1873, 29.09.04). Nesse artigo, que tem recebido ampla circulação, ele disse:
Seguindo o mesmo curso de pensamento, a sociedade passa a considerar o passo inicial como desnecessário. Deve-se “experimentar” a vida conjunta, “para ver se dá certo”. E “se der certo”, para que se casar? A felicidade, nos dizem, não depende da cerimônia.
Aliado ao descaso e desprezo pelo casamento, temos a banalização do mesmo, com resultados possivelmente até mais destrutivos. Personalidades famosas, do mundo esportivo ou televisivo, “casam-se” em um festivo evento social, às vezes até no meio de comprometimentos conjugais passados que ainda não foram formalmente ou juridicamente encerrados. Os novos relacionamentos são detonados poucos meses depois, com grande publicidade e, invariavelmente, com grandes somas de dinheiro trocando de bolsos.
Infelizmente, já notamos reflexos dessas atitudes dentro das nossas igrejas. Não somente os abandonos, o repúdio e o divórcio tornam-se cada vez mais comuns, mas muitos jovens já não dão a importância devida à cerimônia de casamento. Aceitam naturalmente a sua banalização.
Enquanto muitos cristãos estão desenvolvendo idéias bem diferentes das que a Bíblia apresenta, é incrível que alguns alertas surjam até dos que estão do lado de fora das igrejas evangélicas. O conhecido Stephen Kanitz escreveu alguns pensamentos sóbrios sobre o formalismo que cerca os relacionamentos matrimoniais e sobre a cerimônia de casamento (VEJA, 1873, 29.09.04). Nesse artigo, que tem recebido ampla circulação, ele disse:
A essência do contrato de casamento é a promessa de amar o outro para sempre. Muitos casais, no altar, acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato... Banalizamos a frase
mais importante do casamento. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro.
Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível.
Essa colocação do Kanitz é verdadeira. Os integrantes do casal, ao longo do seu percurso após o casamento, encontrarão muitos homens e mulheres, que poderiam até ser classificados como “ideais”, mas o contrato firmado deveria elevar o bom senso acima da atratividade pontual. Ele continua:
O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema. Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essa
incerteza...
Kanitz chama a nossa atenção, portanto, para muitos aspectos que estão sendo deixado de lado, em nossa sociedade e que contribuem progressivamente para a dissolução dela mesma.
Acho digno de nota que algumas pessoas estejam verificando a necessidade de dar importância ao formalismo e aos votos que são proferidos em uma cerimônia de casamento. Mas para nós, cristãos, este momento envolve mais do que um contrato horizontal fechado entre dois lados – Deus está envolvido na cerimônia e nas promessas proferidas e isso é um pacto solene feito na sua presença (Ml 2.13-16). Nesse pacto, Deus está bem mais comprometido, do que as partes humanas poderiam estar, com o cumprimento do acordo.
O projeto de Deus foi e ainda é bom! – um homem e uma mulher – pessoas de sexos opostos, deixam suas famílias para formar uma união singular – uma nova família independente. Esta é a regra dada pelo Criador à raça humana, para sua própria preservação! Paulo compara o relacionamento entre Jesus e a sua igreja àquele existente entre um marido e uma esposa (Ef 5.25-32). Nossos casamentos devem ilustrar esse tipo de amor, aos nossos filhos e ao mundo!
Assim, quando participarmos da próxima cerimônia de um casamento cristão, não vamos pensar que estamos apenas atravessando os trejeitos de uma convenção social em extinção. Não vamos concentrar nossas mentes nos aspectos cansativos da ocasião. Vamos nos lembrar de que estamos tendo o privilégio de participar e testemunhar a realização de um pacto solene, igualmente testemunhado e atestado por nosso Deus Santo e Soberano.
Solano Portela.
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