SERVIR A DEUS é sacrificar o seu lazer semanal do domingo para durante uma ou duas horas discutir o sexo dos anjos e outros assuntos afins?
SERVIR A DEUS é imbuir-se de um inflamável espírito de triunfalismo que não admite derrotas e desilusões, como se o viver fosse a própria negação do sofrimento?
SERVIR A DEUS é não questionar nada que vá de encontro às “verdades espirituais” preconizadas pela sua instituição religiosa?
SERVIR A DEUS é estar diuturnamente preocupado em ganhar o mundo para Cristo, esquecendo os cuidados básicos com os seus, em seu próprio lar?
SERVIR A DEUS é construir templos suntuosos e colocar líderes impecavelmente vestidos em seus ornamentados púlpitos “cristãos”, para serem vistos como intocáveis e irrepreensíveis oráculos do reino dos céus?
SERVIR A DEUS é mostrar cada vez mais ostentação e riqueza à medida que a igreja cresce numericamente?
SERVIR A DEUS é ter muita cautela para não estabelecer com o seu Pastor uma relação espontânea de amizade e afeto, para que ele não o reprove nem o censure?
SERVIR A DEUS é se martirizar dia a dia, mascarando a sua própria individualidade, numa tentativa inócua de exteriormente, identificar-se com o seu líder?
SERVIR A DEUS é infundir medo nos corações das pessoas, para que elas se rendam e fiquem passivamente aprisionadas entre as quatro paredes “sagradas” do templo?
SERVIR A DEUS é vender planos pessoais de salvação em prestações suaves e módicas com juros supostamente menores que os de mercado?
SERVIR A DEUS é dizer para a criança que se ela não se comportar decentemente na igreja, Jesus fica triste e o Diabo alegre?
SERVIR A DEUS é trocar a estrutura familiar opressiva por um sistema religioso que desumaniza em vez de humanizar?
SERVIR A DEUS é torcer pela igreja como quem torce por um time de futebol, onde o que mais interessa é a vitória, mesmo com gol roubado pelo juiz da partida?
SERVIR A DEUS é abdicar da liberdade de discordar, a fim de manter uma relação de amizade aparente com o seu líder?
SERVIR A DEUS é nunca tentar fugir dos padrões convencionais do culto evangélico pasteurizado?
SERVIR A DEUS é ter todo o seu tempo dedicado ao cumprimento das obrigações eclesiásticas?
SERVIR A DEUS é se imiscuir no meio de multidões ruidosas em passeatas para Cristo, sem atentar que o que elas mais almejam é demonstrar o “poder político” de suas instituições eclesiásticas?
SERVIR A DEUS é buscar apaixonadamente a hegemonia de sua igreja, mesmo que para atingir este objetivo, tenha que falar mal das outras denominações?
SERVIR A DEUS é um investimento que fazemos com muito suor e sacrifício, no intuito de lá na frente, recebermos uma grandiosa recompensa?
SERVIR A DEUS é fazer amigos com as riquezas adquiridas de maneira suja, para depois de lavá-las, serem trazidas ao altar, com o rótulo falso de “dinheiro purificado?
SERVIR A DEUS é fazer parte de uma engrenagem que para manter a coesão do grupo se faz necessário adiar por tempo indeterminado o amadurecimento pessoal?
SERVIR A DEUS é deixar de desfrutar as delícias que Ele nos deixou aqui na terra, em troca de uma castradora e violenta religiosidade?
SERVIR A DEUS é combater compulsivamente os erros dos outros, e fechar os olhos para os demônios que habitam dentro de nós?
Ao responder com um SIM as perguntas acima, o leitor estará simplesmente concordando que, SERVIR A DEUS é prendê-Lo nos limites estreitos de uma instituição, instituição essa, que à maneira de um asilo, oferece guarida a nossa loucura de pensar que podemos definir o indefinível, de pensar que podemos reduzir ou conceituar o indecifrável, de pensar que podemos mensurar ou fixar conceitos e regras sobre um Deus que é indizível e que está em pleno e puro movimento.
E assim, como doentes mentais que perderam a maravilhosa capacidade de pensar, vamos perecendo pela vida afora. Vamos perecendo, ao permitir que outros pensem por nós, guiando-nos aleatoriamente nas densas trevas da ignorância.
Há um ditado popular que expressa uma cruel realidade, ao afirmar que a Bíblia do protestante cheira a “sovaco” por estar sempre debaixo da axila direita; ao passo que a do católico cheira a “mofo”, por estar sempre posta num oratório, eternamente aberta em um dos capítulos do livro de Salmos.
Uma interessante passagem do livro de Isaias (730 AC) reflete com todas as letras o estágio em que nos encontramos hoje, senão vejamos:
“...Dá-se o livro ao que não sabe ler dizendo: Por favor, lê isto; e ele dirá: Não sei ler.
Diz o Senhor: Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim. O seu temor para Comigo consiste só em mandamentos de homens, em coisa aprendida por rotina”. ( Isaias 29; 12 e 13)
Que pena! Depois de decorridos tantos anos, se faz necessário evocar uma frase emblemática dita pelo profeta Oseias (700 AC) cujo eco, ainda hoje, continua a bater forte nas paredes resistentes de muitos corações: “O meu povo padece por falta de conhecimento”.
SERVIR A DEUS é imbuir-se de um inflamável espírito de triunfalismo que não admite derrotas e desilusões, como se o viver fosse a própria negação do sofrimento?
SERVIR A DEUS é não questionar nada que vá de encontro às “verdades espirituais” preconizadas pela sua instituição religiosa?
SERVIR A DEUS é estar diuturnamente preocupado em ganhar o mundo para Cristo, esquecendo os cuidados básicos com os seus, em seu próprio lar?
SERVIR A DEUS é construir templos suntuosos e colocar líderes impecavelmente vestidos em seus ornamentados púlpitos “cristãos”, para serem vistos como intocáveis e irrepreensíveis oráculos do reino dos céus?
SERVIR A DEUS é mostrar cada vez mais ostentação e riqueza à medida que a igreja cresce numericamente?
SERVIR A DEUS é ter muita cautela para não estabelecer com o seu Pastor uma relação espontânea de amizade e afeto, para que ele não o reprove nem o censure?
SERVIR A DEUS é se martirizar dia a dia, mascarando a sua própria individualidade, numa tentativa inócua de exteriormente, identificar-se com o seu líder?
SERVIR A DEUS é infundir medo nos corações das pessoas, para que elas se rendam e fiquem passivamente aprisionadas entre as quatro paredes “sagradas” do templo?
SERVIR A DEUS é vender planos pessoais de salvação em prestações suaves e módicas com juros supostamente menores que os de mercado?
SERVIR A DEUS é dizer para a criança que se ela não se comportar decentemente na igreja, Jesus fica triste e o Diabo alegre?
SERVIR A DEUS é trocar a estrutura familiar opressiva por um sistema religioso que desumaniza em vez de humanizar?
SERVIR A DEUS é torcer pela igreja como quem torce por um time de futebol, onde o que mais interessa é a vitória, mesmo com gol roubado pelo juiz da partida?
SERVIR A DEUS é abdicar da liberdade de discordar, a fim de manter uma relação de amizade aparente com o seu líder?
SERVIR A DEUS é nunca tentar fugir dos padrões convencionais do culto evangélico pasteurizado?
SERVIR A DEUS é ter todo o seu tempo dedicado ao cumprimento das obrigações eclesiásticas?
SERVIR A DEUS é se imiscuir no meio de multidões ruidosas em passeatas para Cristo, sem atentar que o que elas mais almejam é demonstrar o “poder político” de suas instituições eclesiásticas?
SERVIR A DEUS é buscar apaixonadamente a hegemonia de sua igreja, mesmo que para atingir este objetivo, tenha que falar mal das outras denominações?
SERVIR A DEUS é um investimento que fazemos com muito suor e sacrifício, no intuito de lá na frente, recebermos uma grandiosa recompensa?
SERVIR A DEUS é fazer amigos com as riquezas adquiridas de maneira suja, para depois de lavá-las, serem trazidas ao altar, com o rótulo falso de “dinheiro purificado?
SERVIR A DEUS é fazer parte de uma engrenagem que para manter a coesão do grupo se faz necessário adiar por tempo indeterminado o amadurecimento pessoal?
SERVIR A DEUS é deixar de desfrutar as delícias que Ele nos deixou aqui na terra, em troca de uma castradora e violenta religiosidade?
SERVIR A DEUS é combater compulsivamente os erros dos outros, e fechar os olhos para os demônios que habitam dentro de nós?
Ao responder com um SIM as perguntas acima, o leitor estará simplesmente concordando que, SERVIR A DEUS é prendê-Lo nos limites estreitos de uma instituição, instituição essa, que à maneira de um asilo, oferece guarida a nossa loucura de pensar que podemos definir o indefinível, de pensar que podemos reduzir ou conceituar o indecifrável, de pensar que podemos mensurar ou fixar conceitos e regras sobre um Deus que é indizível e que está em pleno e puro movimento.
E assim, como doentes mentais que perderam a maravilhosa capacidade de pensar, vamos perecendo pela vida afora. Vamos perecendo, ao permitir que outros pensem por nós, guiando-nos aleatoriamente nas densas trevas da ignorância.
Há um ditado popular que expressa uma cruel realidade, ao afirmar que a Bíblia do protestante cheira a “sovaco” por estar sempre debaixo da axila direita; ao passo que a do católico cheira a “mofo”, por estar sempre posta num oratório, eternamente aberta em um dos capítulos do livro de Salmos.
Uma interessante passagem do livro de Isaias (730 AC) reflete com todas as letras o estágio em que nos encontramos hoje, senão vejamos:
“...Dá-se o livro ao que não sabe ler dizendo: Por favor, lê isto; e ele dirá: Não sei ler.
Diz o Senhor: Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim. O seu temor para Comigo consiste só em mandamentos de homens, em coisa aprendida por rotina”. ( Isaias 29; 12 e 13)
Que pena! Depois de decorridos tantos anos, se faz necessário evocar uma frase emblemática dita pelo profeta Oseias (700 AC) cujo eco, ainda hoje, continua a bater forte nas paredes resistentes de muitos corações: “O meu povo padece por falta de conhecimento”.
Ensaio por Levi B. Santos
Guarabira, setembro de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este Comentário será exibido após moderação dos Editores da equipe Plugados com Deus!