AGÊNCIA PRESBITERIANA DE MISSÕES TRANSCULTURAIS
CURSO DE FORMAÇÃO MISSIOLÓGICA
JOSÉ CLÓVIS DE ANDRADE FALCÃO
PANORAMA DE MISSÕES:
TEOLOGIA DE MISSÕES EM ROMANOS
SÃO PAULO
2011
INTRODUÇÃO
A epístola de Paulo aos Romanos é uma suma teológica, uma exposição do Evangelho de Deus. É,segundo a introdução da Bíblia comentada Shedd "... a mais longa, a mais sistemática e a mais profunda de todas as epístolas e talvez o livro mais importante da Bíblia...".
Paulo, cujo nome significa pequeno, na verdade foi um gigante, foi um teólogo de profundidade ímpar, o apóstolo Pedro fez referência à exposição paulina, que na verdade era dom celeste, como difícil de entender, 2 Pe.3.15, no entanto trazia no corpo as marcas de Cristo, Gal.6.17, pés formosos, profunda comunhão com o Senhor, 2 Cor.12.1-4, subiu ao terceiro céu e ouviu palavras inefáveis, com disposição de morrer, se necessário fosse, para cumprir o dever de pregar a Cristo crucificado, At.20.24, 1 Cor.1.23.
Evidentemente, Paulo tinha consciência de sua dependência do Pai eterno, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, Rom.1.1, por intermédio de Jesus Cristo recebeu graça e apostolado, Rom.1.5. Paulo, portanto foi um instrumento, movido pelo Espírito, theospneustos, 2 Tm.3.16, para trazer-nos o texto santo, palavra do Deus eterno para nossas vidas.
É muito difícil fazer um estudo exegético expansivo, contemplando toda extensão do registro paulino aos romanos numa abordagem mais profunda, examinado a riqueza de cada e toda palavra no texto original, mas, com o auxílio do Alto, ainda que não tenhamos um conhecimento mais profundo, pedimos a graça divina e vamos aplicar alguns conceitos gramaticais do grego koinê, que serviu de base para o novo-testamento. Algumas observações pertinentes: nossos pressupostos são a revelação de Deus, não de Paulo, portanto os originais se perderam, mas o texto que possuímos é a infalível Palavra de Deus, mesmo com aparatos críticos, variantes textuais, a revelação de Deus para sempre está firmada nos céus, Sal.119.89. Portanto, vamos selecionar alguns textos e abordá-los.
Os dezesseis capítulos podem ser divididos em duas seções: uma doutrinária, teológica, com os fundamentos da Revelação, capítulos 1-11 e outra prática, ética, com as implicações da mesma Revelação, capítulos 12-16, a Missão de Deus para a sua Igreja está em ambas as seções.
Numa visão panorâmica do texto, temos: 1.1-15 introdução e saudação; 1.16,17 como base temática da epístola; 1.18-3:20 a pecaminosidade universal; 3.21-5.21 a justificação pela fé; caps.6,7 e 8 santificação; caps.9,10 e 11 eleição da graça; 12-15 ética e vida cristã; 16 saudações finais e doxologia. Em todos estes temos verdades explícitas do evagelismo, em os níveis local e extra-local. Destaquemos: 1.5 ' por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para obediência por fé, entre todos os gentios,"; 1.13-15"...para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios. Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma."; 10.14,15 "Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão nAquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas!"; 15.16 "para que eu seja ministro de Cristo entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável..." 15.18 "...para conduzir os gentios à obediência, ..."15.19"... tenho divulgado o evangelho de Cristo, 15.20 "esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dEle, e compreendê-lo os que nada tinham ouvido a Seu respeito." 16.26"...para a obediência por fé, entre todas as nações,"
As boas novas de Deus é o tema epistolar e tem plena compreensão com o fato do livramento da justa condenação e ira divina manifesta contra o pecado, esta condenação foi recebida, sofrida pelo Cristo, Jesus. Assim o homem pode ser absolvido e considerado justo. A justiça de Deus em Cristo, recebida pela fé, manifesta-se em fruto de justiça para santificação, Rm.6.22. Tudo isso é resultante da graça divina que nos escolhe soberanamente e manifesta-se em relacionamentos saudáveis, caps 12-16. O evangelho é tudo isso, começa em Deus, 1.1,2 e estende-se em o eterno Deus, 16.26,27. Examinemos um pouco mais detidamente alguns trechos dentro desta visão.
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