- Meu caro, eu entendo que você é o que chamam de arminiano; e certas pessoas me chamam de calvinista; e por isso mesmo, suponho que as pessoas esperam ver-nos prontos para brigar um contra o outro. Mas, antes de eu consentir em que se dê início ao combate, com sua licença, gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Diga-me, por favor: você sente que é uma criatura tão depravada, mas tão depravada que nunca teria pensado em voltar para Deus, se Deus já não tivesse posto isto em seu coração antes?
- É verdade, é isso mesmo.
- E você também se sentiria totalmente perdido, se tivesse que recomendar-se a Deus, baseado em alguma coisa que você pudesse fazer; e considera a salvação como algo que se deu exclusivamente pelo sangue e justiça de Cristo?
- Sim, exclusivamente por Cristo.
- Mas então, meu caro, partindo do pressuposto de que você foi inicialmente salvo por Cristo, será que ainda assim você não teria que subseqüentemente, de uma forma ou de outra, salvar-se a si mesmo por suas próprias obras?
- É claro que não, pois eu devo ser salvo por Cristo do princípio ao fim.
- Admitindo, então, que foi inicialmente convertido pela graça de Deus, você, de um modo ou de outro, deve manter-se salvo por seu próprio poder?
- Não.
- Quer dizer, então, que você deve ser sustentado a cada hora e momento por Deus, tal como uma criança nos braços de sua mãe?
- Sim, absolutamente.
- E quer dizer que toda a sua esperança está depositada na graça e misericórdia de Deus para sustentá-lo, até que venha o seu reino celestial?
- Certamente, eu estaria completamente desesperado, se não fosse ele.
- Então, meu caro, com sua permissão vou levantar novamente a minha espada; pois isto não é nada mais nada menos do que o meu Calvinismo; eis aí as minhas teses da eleição, da justificação pela fé, da perseverança final: eis aí, em essência, tudo o que eu defendo, e como o defendo; portanto, se lhe parecer bem, ao invés de ficar tentando descobrir termos ou expressões que sejam bom motivo de briga entre nós, unamo-nos cordialmente naquelas coisas em que concordamos.
- É verdade, é isso mesmo.
- E você também se sentiria totalmente perdido, se tivesse que recomendar-se a Deus, baseado em alguma coisa que você pudesse fazer; e considera a salvação como algo que se deu exclusivamente pelo sangue e justiça de Cristo?
- Sim, exclusivamente por Cristo.
- Mas então, meu caro, partindo do pressuposto de que você foi inicialmente salvo por Cristo, será que ainda assim você não teria que subseqüentemente, de uma forma ou de outra, salvar-se a si mesmo por suas próprias obras?
- É claro que não, pois eu devo ser salvo por Cristo do princípio ao fim.
- Admitindo, então, que foi inicialmente convertido pela graça de Deus, você, de um modo ou de outro, deve manter-se salvo por seu próprio poder?
- Não.
- Quer dizer, então, que você deve ser sustentado a cada hora e momento por Deus, tal como uma criança nos braços de sua mãe?
- Sim, absolutamente.
- E quer dizer que toda a sua esperança está depositada na graça e misericórdia de Deus para sustentá-lo, até que venha o seu reino celestial?
- Certamente, eu estaria completamente desesperado, se não fosse ele.
- Então, meu caro, com sua permissão vou levantar novamente a minha espada; pois isto não é nada mais nada menos do que o meu Calvinismo; eis aí as minhas teses da eleição, da justificação pela fé, da perseverança final: eis aí, em essência, tudo o que eu defendo, e como o defendo; portanto, se lhe parecer bem, ao invés de ficar tentando descobrir termos ou expressões que sejam bom motivo de briga entre nós, unamo-nos cordialmente naquelas coisas em que concordamos.
Charles Simeon
In: PACKER, J. I. A evangelização e a soberania de Deus.
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