A cessação dos dons extraordinários-Parte 02
CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DO REV MOISÉS BEZERRIL...
A mesma coisa Paulo fala em Romanos 10:4 quando diz que "o fim da Lei é Cristo". Fim = telos. Teleioun = completo. Por que Deus é chamado de telos? Porque ele abrange o início e o fim. Qualquer coisa que atinge o seu telos é teleion, tudo que atinge o alvo é perfeito, tudo que chega à conclusão, chegou à perfeição. No A.T. a palavra kalar = levar ao término, ela foi traduzida por telos, na Septuaginta. No N.T. Paulo a emprega como resultado final, destino último, fim de um processo ou de uma ação (telos). Seu resultado é consumação, aperfeiçoamento, aquilo que é maduro, adulto.
Nos evangelhos sinópticos, nos discursos escatológicos de Cristo, telos se emprega como termo técnico para o fim do mundo (Mt.24:6) e Paulo a usa em 1 Co. 15:22-24. Sempre diz respeito a uma caminhada, a um progredir de um ponto até outro ponto. Telos è o final, a conclusão.
Exemplos:
1. "Fim da Lei' (Rm 10:4). "O fim da Lei é Cristo". O telos da Lei é Cristo!
A Lei é um processo para a Justificação. Foi dada para ser cumprida.
•——> ——> ——> ———> ———> ——-> * te/os
a LEI V.T. e N.T. CRISTO (cumprida, levada à cabo)
A Lei leva a Cristo, ela é o pedagogo! Por causa do pecado a Lei tem que ir a Cristo obrigatoriamente. Lá ela é o "fim" — > ENCARNAÇÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO.
A Lei tem de caminhar em direção ao seu telos (Cristo). Como poderíamos interpretar tudo isso?
A Lei tem de conduzir a Cristo. Em toda dispensarão desde o V.T. até o N.T. Não é a Lei do Sinai. É bom lembrar que a história da salvação não começa com o pecado e sim com a Lei que é apresentada no Éden, quando Deus dá a Adão uma Lei para que, Adão cumprindo-a, tenha o direito à vida eterna como recompensa. A história da Lei começa lá no Éden.
O fim da Lei é Cristo porque Ele cumpriria a Lei. Ninguém é encontrado para cumprir a Lei para justificação e isso só é feito por Cristo. Ninguém pode ser justificado.pelo cumprimento da Lei. Só Cristo é o que pode entrar neste relacionamento legal, porque o homem depois da queda entra numa relação penal diante da Lei.
A Lei vai até o seu telos, que é Cristo. O fim da lei é Cristo: 1) ou indo até Cristo, ou 2) porque Cristo cumpre a Lei para nossa justificação. Em outras palavras, ou o alvo da Lei é Cristo ou Cristo cumpre a Lei para nossa justificação. Estas duas interpretações estão certas. Alguns acham que esta afirmação de Paulo significa que a Lei não mais é importante e sim a graça. Um autor dispensacionalista, no Novo Dicionário Internacional, disse que "o fim da Lei é Cristo" porque acabou a época da salvação pela Lei (como se a salvação no V.T. fosse pela Lei). Isso é errado.
Em Mateus 24:6 encontramos a questão do fim do mundo. Em 1 Co. 15:22-24 encontramos a mesma verdade, "...e então virá o fim”. A palavra "fim" é telos. Mas Paulo está falando que acontecerão várias coisas que caminharão para o telos.
« ——> ——> ——> ——> ——> ——> ——> * telos
Criação (Adão) —> Ressurreição de Cristo —> os seus na 2a vinda —> Estado Eterno
Redenção da Criação - a perfeição (teleiôsis)
Para se chegar ao telOs há todo um processo e toda dispensação do plano de Deus para a humanidade está exatamente aqui neste diagrama. O teleion seria o perfeito, começou e chegou, o completo. A história é teleotógica, caminha para um fiM (teLos). Ela sai de um ponto e vai até o outro sem voltar. Não é cíclico. Deus determinou um telos. A humanidade caminha neste sentido e "virá o telos".
Visto tudo isso voltemos para os dons de línguas, profecia e conhecimento.
É infantilidade pensar que todas as vezes que se encontrar a palavra to teleion, se deve pensar em segunda vinda de Cristo, ou que significa maturidade ou fechamento do Cânon. Por que? Porque depende do assunto que se está abordando. Telos da Lei; telos da redenção do mundo. Temos de lembrar que telos é um fim, um alvo. Tudo para se chegar no telos se torna teleion. Tudo que chega no telos é teleion. Onde você encontrar a expressão teleion, tem de lembrar-se que algo saiu de um ponto inicial e chegou ao ponto final. Não pense logo em segunda vinda de Cristo ou na perfeição do céu. Estas palavras devem ser entendidas à luz do contexto no qual elas estão inseridas e saber o que o autor queria dizer, isto é, qual o evento que saiu do ponto inicial e chegou no ponto final. Dessa forma se atinge o seu teleion, que pode ser a segunda vinda, a consumação de todas as coisas, ou seja, tudo que fizer este deslocamento de um ponto ao outro até chegar à perfeição. Mas o que sai de um ponto ao outro não pode ficar no meio do caminho, tem de chegar ao telos, senão não é teleion. Para ser teleion, tem de sair do ponto inicial e chegar ao telos. Doutra forma, se Jesus não é o telos da Lei, não haveria teleion e nós estaríamos perdidos. Jesus é o telos para onde a Lei tem de canalizar (por isso dizemos que a Lei cerimonial pregava o Evangelho - é o pedagogo). Os judeus entenderam tudo errado adiando que a Lei salvava e por isso a ela se "agarraram", mas a Lei não era um fim em si mesma. Não é um telos. O fim em si mesmo era Cristo e não a Lei. A Lei apontava para Cristo. Assim, Cristo é o telos da Lei.
Vejamos alguns argumentos com respeito aos dons.
A palavra telos, nem sempre indica de forma ideal, "perfeito". Todos os pentecostais que trabalham com a questão do telos ou teleion, como sendo o fim do mundo, afirmam que isso ainda não se cumpriu (telos, teleion), pois estas palavras se referem a segunda vinda de Jesus, significa o estado eterno de todas as coisas. Por este prisma temos que chegar à conclusão que os dons vão continuar até o estado eterno. Quando se inaugurar o estado eterno, não haverá mais dons. Mas, nós precisamos averiguar se Pauto está aplicando teleion ("o que é perfeito"), ao estado eterno ou à segunda vinda, como a Cartas Pastorais da Igreja Presbiteriana sugerem, quando diz "podendo perfeitamente ser uma referência à Segunda Vinda de Cristo" (pag.15). Este é que é o problema. A pergunta é: teleion em I Co. 13:10, refere-se à segunda vinda? Isto precisamos examinar.
Quando você pensar em telos, não deve trazer à mente, uma "perfeição moral". Poderemos até fazer isso se pensamos que nossa perfeição moral será atingida quando chegarmos ao telos da glorificação. Se está no processo, é teleioun, mas se chegou ao fim é teleion ou telos.
Precisamos ver que o contraste que Paulo faz aqui é entre ciança e homem. No v. 11 lemos: "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino". Há um teólogo que diz que "menino" aqui, é o estado de todos os indivíduos antes da glória. Antes da glória, diria ele, todos são como menino, como criança. Mas o que percebemos aqui, é a ideia de maturidade - menino & homem. Não podemos perder isto de vista. O argumento pentecostal diz que os dons de Corinto estavam evidentes como hoje também estão e acabarão só quando vier "o que é perfeito". O que- é "o perfeito" no pensamento pentecostaT? Resposta: segunda-vinda de Cristo, a glorificação, estado eterno. O ensino pentecostal diz que os dons extraordinários só acabam com a vinda de Cristo. Mas esse "perfeito" já veio ou está ainda para vir?
Podemos concluir que o "perfeito" já veio, pela continuação do contraste no v.11, entre "menino" e "adulto". Paulo está dando ênfase, na questão imaturidade. Não temos com fugir disso!
Telos não pode, neste contexto, se referir ao céu.-Pois não há nenhuma indicação disso no texto. Qualquer versículo que usarmos aqui não dará certo para pensarmos em teleion como céu. Se pensarmos assim teremos problemas seríssimos. No v. 12 lemos: "Porque agora vemos como em espelho, obscuramente (em enigma), então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido". Qualquer pessoa que ler este versículo se apressará logo em dizer que aqui há uma referência ao céu. "Porque agora vemos como em espelho, obscuramente (como enigma), mas veremos face a face". Qualquer pessoa e muitos autores, dizem que esta expressão se refere a ver a Deus. Infelizmente John MacArthur diz isso. Mas não é! Tanto a expressão "espelho", como "face a face" são colocadas como opostos e são metafóricos. O que é 'Ver em espelho" ou em "enigma, obscuramente"? Podemos ver uma passagem semelhante em Números 12:6-8. Ali Deus diz que fala a Arão e a Miriã em sonhos, mas a Moisés fala boca a boca. Há o mesmo contraste: sonho & boca a boca. No texto de Coríntios é: enigma (obscuramente) & face-afaoe. Por que? Porque ele iria olhar no espelho, que naquela época era mostrada uma imagem turva, embaçada, e veria um "enigma", obscuramente, um vulto. A ideia de ver em espelho é como se não visse o teleion, o que é real, o perfeito, o real. Mas o que é ver face a face? Significa não olhar mais em espelho, em enigma, mas ver a sua face verdadeiramente como ela é de fato. Não é ver a face de Deus, como se pensa nos meios pentecostais. Perguntamos: "espelho" é metafórico? A resposta é: sim, é metafórico. Então, por que "face a face" não é? Seria fazer um contraste entre uma coisa que é metafórica e outra que não é. Está tudo errado!
Há um outro erro que se comete aqui. Vejamos a palavra que Paulo usa no versículo 12: "Porque...". Pauto está se referindo ao conhecimento. Podemos ver o contraste entre o verbo ver e o conhecer. Paulo diz que, "Porque agora vemos como em espelho...", mas depois diz: "agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido". Na verdade o que Paulo quer dizer não é ver mas conhecer. Toda a figura de linguagem que Paulo usa aqui do "ver em espelho" e "ver face a face", na verdade não é ver e sim conhecer do mais enigmático ao mais pleno e mais claro. É isso que Paulo quer dizer.
Lembramos que o dom que Paulo está falando aqui não é o dom de vidente, mas o donrdo conhecimento. Paulo está falando do dom de profecia e conhecimento (ciência). Pauto não discute línguas (elas ficaram para trás) e passa a se preocupar com profecia e conhecimento. Paulo diz que ver como em um espelho, mas depois verá face a face, ou seja, agora eu tenho um conhecimento pequeno, porque ainda é ek merous (em parte; "estou caminhando"), mas vou chegar no conhecimento teleion. Vou conhecer do menor para o maior, do menos para o máximo; do em parte para o completo. Se você diz que isso acontecerá na glória está usando um argumento pentecostal porque o ensino pentecostal afirma que só vamos conhecer plenamente na glória. Mas em Efésios 4:13-14 vamos compreender se o conhecimento que Paulo se refere é pequeno ou grande, se é para agora ou para o estado de glória eterna. Lemos: "...até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade ao estado de homem feito à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos...". Seria isto só para a glória? Paulo esta dizendo que é só para a glória? Para Paulo o "ter pleno conhecimento do Filho de Deus", não é abarcar a totalidade do conhecimento de Deus. Não é, e nem podia ser. Estas palavras são pesadíssimas. "Ao estado de homem feito" (andra teleion - aquilo que atingiu seu alvo, maduro, perfeito). Este é o teleion que nós estamos discutindo. Nos dois textos (Co. 13 e Ef.4), todos os mesmos elementos estão presentes, "...plenitude de Cristo...". Você pode pensar que isto só pode ser na eternidade. Mas o versículo 14 diz: "... para que não mais sejamos meninos, agitados de um lado para outro (inconstantes)". Isso não tem nad a ver com plenitude do conhecimento que teremos na glória. Mas o contraste aqui é entre menino e adulto, ou seja, agora (na época de Pauto), "todo conhecimento é revelacional, é profético; é como se Paulo dissesse que os crentes de Corinto não conheciam tudo e que eles dependiam dos dons de profecia e de conhecimento (ciência) para revelar o que eles ainda não tinham: a plena orientação, a plena revelação. Mas iria chegar um momento em que eles se tornariam adultos, não mais meninos inconstantes.
O grande problema é que, muitos têm a mente voltada para dizer que a plenitude do conhecimento, da qual Paulo se refere, é uma perfeição para a eternidade, pois Paulo está sempre dizendo que os crentes devem ir à maturidade, vamos chegar à maturidade. Paulo não está fazendo um contraste entre uma coisa terrena e outra celestial. Não teria sentido, pois, para que Paulo iria fazer um exórdio à igreja, se ele soubesse que os crentes só deixariam de ser "meninos" na glória? Por que Paulo diria para eles que deixassem de ser meninos? Para que um capítulo inteiro neste sentido? Paulo diz na carta aos Coríntios, logo antes do capítulo 13, que passa a mostrar-hes "um caminho sobremodo excelente" e fecha a ideia recomendando que eles sigam o amor (cap.14:1). Como Pauto daria este exórdio, se ele estivesse querendo dizer que o caminho normal para o amadurecimento da Igreja ou da chegada ao pleno conhecimento, fosse só no céu. Seria algo sem sentido ler 1 Coríntios com esta visão.
Os que dizem que nós seremos sempre meninos até chegarmos à glória, perguntamos: Seremos assim porque não sabemos o caminho? Se eu tenho de ser maduro hoje, como Paulo recomenda, mas não sei como, não sei o que é, não me foi revelado por Deus, que culpa tenho eu de não ser maduro, de ser sempre menino? Por isso que os autores pentecostais chegam a dizer que o Cânon não foi terminado, pois se chegarmos a conclusão de que a Igreja não chega à maturidade hoje, teremos de admitir que a mesma natureza e o propósito dos dons extraordinários da época de Paulo, quando o Cânon não estava ainda completo, são os mesmos de hoje; que a Igreja ainda precisa de dons de revelação para completar a edificação dos crentes, pois a-Biblia não é suficiente. Não temos como fugir deste pensamento. Isso é um sistema. Se você entrar por este raciocínio, terá de ir até o fim, senão entra em contradição. Você terá de admitir que o Cânon não foi encerrado.
Paulo também não está falando de maturidade moral. É necessário que se diga isso. Não é maturidade de relacionamento afetivo. Não é isso! A maturidade que Paulo se refere é de-conhecimento (ciência), "...até que se chegue ao pleno conhecimento do Filho de Deus". Por isso Paulo vai dar ênfase no conhecer em parte, no profetizar em parte (v.9). Porque, se jogarmos a plenitude disso só para a eternidade, estaremos dizendo erradamente que na eternidade nós vamos profetizar. É esta a conclusão a que nós vamos chegar. Seria um absurdo! Mas Paulo está dizendo que nós começamos como criança e terminamos como adulto (no teleion) na questão da profecia e do conhecimento.
A profecia não cessou, mas chegou, hoje, a uma dimensão tal que ela é diferente. O conhecimento é de outra dimensão daquela que a Igreja precisava na época de Paulo para ser doutrinada. Os crentes não tinham a Bíblia completa, precisavam daqueles dons para serem doutrinados. Imaginem uma Igreja caminhando sem Bíblia! Era a situação da Igreja naquela época e por isso, havia necessidade destes dons revelacionais, que revelavam a vontade de Deus. Paulo estava dizendo que haveria uma maturidade dessa Igreja em relação ao conhecimento que esta igreja teria de ter e que ela dependeria de toda obra da Nova Aliança. Não é que desapareceria a profecia e o conhecimento, pois assim não se converteria um pecador, nem haveria Igreja e todos seríamos ignorantes. Por isso que as Cartas Pastorais erram quando elas criticam as interpretações que "requerem a cessação da profecia e da ciência...". Não é isso. O termo grego para cessar é diferente de desaparecer, passar. As línguas cessam e perceba que Paulo nem toca mais no assunto, mas a profecia e o conhecimento serão aniquilados. Como será este aniquilamento? Paulo vai explicar como isso acontecerá.
A expressão "face a face e em enigma (obscuramente)" é um contraste entre o conhecimento mais claro e o menos claro; e não entre um conhecimento da terra e o da glória. Ainda quanto à questão do pleno conhecimento "conhecerei como sou conhecido", não se refere ao pleno conhecimento da glória, pois em Efésios 4:13, Paulo fala do andra teleion (homem perfeito). Você poderia perguntar: como pode o homem ser perfeito? Eu devolvo a pergunta fazendo uma outra pergunta: Se você diz que a perfeição ("homem perfeito", que Paulo refere) é no céu, como é que Paulo usa esta expressão andra teleion? Paulo está dizendo: eu quero que vocês sejam-todos ttíeion (perfeitos). Mas se alguém disser que Paulo se referia ao homem que só pode tomar "teitmho" aperrase que poderá tomar o que é sólido no céu, eu lhe respondo que Paulo apresenta a palavra "pleromatos", pleno conhecimento. Isso não é para o céu, porque perfeição no céu é o óbvio, não há nem necessidade de sefafar sobre isso, e não era sobre isso que Pauto se referia. Paulo não falaria assim: "irmãos, haverá uma época em que vocês já estarão maduros (no céu) e nâo precisarão mais de um conhecimento em parte". Para que Paulo falaria isso? Não é a sequência natural? No céu não será assim? Por que Paulo usaria isso para fazer um exórdio à Igreja? Paulo usa a expressão "pleromatos toristo”, a plenitude de Cristo. Este é o conhecimento a que Paulo se refere e é revelada à Igreja. O homem é perfeito no conhecer a Cristo. Sem Cristo não há perfeição. Esta é uma obra do Espírito, aperfeiçoar Cristo em nós.
"Conhecerei como também sou conhecido", significa como a minha própria face é. Quando vejo em enigma (obscuramente), estou me vendo de forma opaca, mas irei ver como sou conhecido pelas pessoas, como elas me vêem. Não é ver face a face a Deus, pois Pauto não está tratando das coisas da eternidade. Para a época de Paulo, o conhecimento de Cristo não era total. A Igreja dependia da revelação. Por isso o apóstolo diz "agora conheço em parte". A revelação não só era incompleta, como era para um e não era para outro. Mas Paulo diz em Ef 4:13 que tem de ser para a Igreja. Por isso que as línguas tinham de ser interpretadas para todos. E por que não vinha sobre todos? Porque a Igreja ainda estava exatamente nesta caminhada de conhecer a plenitude de Cristo. Por isso Calvino disse que uma criança, hoje, que aprende sobre Cristo, ela é "doutora" (Ph. D.) sobre qualquer profeta do V.T. Calvino quer enfatizar que essa criança conhece mais de Cristo, o face a face, do que o profeta que só conhecia no espelho, em enigma, obscuramente. A plenitude do conhecimento (Ef.4:13) é exatamente essa plenitude da revelação. O V.T. não serve para ensinar a plenitude de Cristo. Ele prega o Evangelho, mas de maneira tal que quando o homem se depara com a Lei de Deus, esta lhe faz exigências que ele não consegue cumprir. Por isso ele recorre a graça. Esta é a pregação do V.T.. Mas no N.T., como diz Calvino, Jesus é o Sol da Justiça; não são apenas aquelas chispas, fagulhas, do V.T..
Esse é o conhecimento que Paulo está tratando aqui. Nós não podemos perder de vista o tema dom de conhecimento e profecia, pois caso contrário, Paulo estará tratando de um assunto e dando resposta a outra questão que não tem nada a ver com o tema em análise. Paulo não está falando do caminho para a eternidade.
CONTINUA NO PRÓXIMO POST...
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Anderson,
ResponderExcluirDesde a primeira vez que lhe vi, achei que você
era pentecostal.Agora vendo você e Renné no video acima, tirei todas as minhas duvidas.
Luzia
É Luzia... Sabia que também qdo assisto a esse clip e vejo a cantora me lembro de vc...
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