Esta é a continuação dos estudos no livro de Números.
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O Nazireado
No capítulo seis temos a lei do nazireado. Fala-nos de consagração e devoção especial a Deus,o nazireu separava-se a si próprio. Cristo é o exemplo perfeito do nazireado. O voto era de um caráter todo especial, mas não devemos pensar que o que esta figura no cristianismo é uma coisa só para alguns. O sacerdócio, por exemplo, era privilégio de uma parte especial do povo de Israel, porém no cristianismo representa privilégio de todos. O nazireado fala-nos, sem duvida, de uma vocação especial, isto é, uma devoção e dedicação notáveis, porém isto agora pode ser um privilégio de todos que o desejem.
Haviam três coisas ligadas ao voto de nazireu: não podia beber nem vinho nem bebida forte; não deveria cortar o cabelo; e não podia entrar onde houvesse algum morto.
O vinho representa aquilo que alegra o coração do homem (Sal. 104:15), e aqui representa esses prazeres terrestres que, embora não tendo nada de mal em si, corrompem muitas vezes o coração, afastando-o em certa medida de Deus e das coisas de Deus. «A bebida forte» representa aquilo que tem ainda em maior grau esse caráter.
Ora, o nazireu era um homem que se consagrava a Deus ou se separava para Ele, e assim hoje é nosso privilegio supremo consagrarmo-nos de um modo especial e definitivo ao Senhor, para achar n'Ele o nosso pleno e suficiente prazer aqui na terra.
O fato de o nazireu deixar crescer o cabelo indicava que ele negava-se a si próprio, renunciando a sua dignidade e os seus direitos como homem para se consagrar inteiramente a Deus.
O terceiro ponto indicado do nazireu, não entrar onde houvesse um morto, nos aponta para impossibilidade e a incompatibilidade de Deus, do qual procede toda vida, com a morte. Lembremos depois que o homem pecou ficou sob o dominio de satanás recebendo como o salário a morte. Morte é algo antinatural o ser humano não foi feito para morrer. Mas nosso Deus é a fonte de toda a vida e é incompatível tanto com a morte quanto com o pecado. Então precisamos nos separar de tudo que tenha caído no poder da morte, em outras palavras, necessitamos urgentemente nos separar do pecado! Precisamos andar em santidade íntima e constante com ele.
Para nós, os dias do nosso nazierado só terminarão quando deixarmos este mundo. Nós somos exortados a apresentarmos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Assim precisamos andar no poder da cruz negando-se a nós mesmos, subjugando os nossos corpos, e nos santificando sempre.
A VARA DE AARÃO
Na vara de Aarão que floresceu, sobre a qual lemos no cap 19, temos a figura de Cristo ressurreto, reconhecido por Deus como sumo-sacerdote. No cap. 16 vemos como o sacerdócio de Aarão foi posto em dúvida por alguns, de maneira que Deus o confirmou de um modo notável.
Moises recebeu dos filhos de Israel uma vara por cada tribo, doze varas de todos os príncipes das tribos, e sobre elas deveria escrever os nomes das respectivas tribos.
Sendo que o nome de Aarão estava escrito sobre a vara da tribo de Levi. As varas foram em seguida postas no templo da congregação diante do Senhor, determinando Ele que a vara do homem que tivesse escolhido floresceria. Assim, no dia seguinte, quando Moises entrou na tenda do testemunho eis que a vara de Aarão florescera; e brotara renovos e dera amêndoas. As doze varas eram secas, sem vida; mas Deus, o Deus vivo, entrou em cena e pelo seu grande poder Ele, deu vida à vara de Aarão e Moises trouxe-a para fora e mostrou ao povo. De uma madeira morta e inerte Deus agora trás fruto e vida. O sacerdócio fundava-se nessa graça divina e preciosa que da morte tirava a vida, e a vara de Aarão foi uma linda expressão dessa graça que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.
A vara de Moises era o símbolo de poder e autoridade e não era suficiente em si para conduzir a congregação através do deserto. O poder podia destruir os rebeldes, mas só a graça e a misericórdia podiam sustentar um povo rebelde e pecador e conduzi-lo ao fim desejado. Foi em relação à vara de Aarão que o SENHOR disse: ACF Números 17:10 Então o SENHOR disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o testemunho, para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes; assim farás acabar as suas murmurações contra mim, e não morrerão.
No capítulo nove da Epístola aos Hebreus lemos em relação à arca da aliança, que nela estava "o vaso de ouro que continha o maná, a vara de Aarão que tinha florescido, e as tábuas da Lei" (ver. 4). Isto foi no tempo em que estavam no deserto. O maná e a vara foram a provisão da graça divina para Israel durante as atribulações do deserto. O maná o alimento, que falava de Cristo e a vara a graça sacerdotal. Mas quando tinham acabado as peregrinações no deserto e o povo já se achava na terra, muito tempo mais tarde, sob o domínio de Salomão e na glória do deste, lemos que "1 Reis 8:9 9 Na arca, nada havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o SENHOR fez aliança com os filhos de Israel, saindo eles da terra do Egito"
Passadas para sempre as tribulações do deserto, permanecia somente aquilo que era o fundamento do governo do Senhor no meio do Seu povo.
Continua no próximo estudo.
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